Agência France-Presse
postado em 31/12/2013 12:38
Bagdá - O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki anunciou nesta terça-feira (31/12) que o exército vai se retirar da província de Al-Anbar, em uma tentativa de evitar uma escalada de violência depois do fechamento de um acampamento de manifestantes antigovernamentais, indicou um comunicado oficial. Esta retirada é uma das exigências de dezenas de deputados que haviam apresentado demissão depois do desmantelamento do acampamento em Ramadi, na província de Al Anbar (oeste).O acampamento foi instalado há um ano por sunitas contrários a Maliki, de etnia xiita. Quinze pessoas morreram nas últimas 24 horas. Nesta terça-feira (31), foram registrados novos choques com um resultado de quatro mortos. Na véspera, o governo do Iraque anunciou que as forças de segurança dissolveram o maior acampamento de opositores sunitas considerado uma espécie de QG da Al-Qaeda.
A ação policial provocou uma onda de confrontos em Ramadi, onde mesquitas convocavam seus fiéis para uma guerra santa. Como consequência do fim do acampamento, 44 deputados iraquianos apresentaram sua demissão. A entrega dos cargos também é uma reação à prisão, no último sábado, de um político sunita.
Os episódios de violência podem aumentar a indignação da população sunita - minoria no Iraque - que há um ano protesta contra as discriminações feitas pelo governo central.