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Câmera no capacete ajudará a compreender acidente de Schumacher

O filho e um de seus amigos, que esquiavam junto ao piloto no momento do acidente, foram interrogados pelos investigadores

Agência France-Presse
postado em 03/01/2014 20:47
O filho e um de seus amigos, que esquiavam junto ao piloto no momento do acidente, foram interrogados pelos investigadores
Uma câmera fixada no capacete que Michael Schumacher usava no momento de seu acidente de esqui foi apreendida pelos investigadores franceses que se ocupam do caso, informou nesta sexta-feira à AFP uma fonte ligada a eles.

O filho dos sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1, que se encontra em coma desde domingo em um hospital de Grenoble, e um de seus amigos, que esquiavam junto ao piloto no momento do acidente, foram interrogados pelos investigadores, segundo a mesma fonte.

A porta-voz do piloto e uma fonte ligada à investigação informaram que esse capacete havia se partido em dois por causa do acidente, mas até agora se ignorava a existência de uma câmera. A data da apreensão não foi informada.


[SAIBAMAIS]A câmera deve ajudar a esclarecer as circunstâncias do acidente, que ocorreu no último domingo em Méribel, nos Alpes Franceses. O piloto está internado em coma num hospital da cidade de Grenoble.

A existência da câmera foi revelada pelo jornal local Dauphiné Libéré. A data da entrega aos investigadores não foi divulgada.

Segundo as autoridades, o capacete de Schumacher se partiu em dois por causa do impacto de sua cabeça contra uma pedra. No momento do acidente, ele corria numa área fora da pista e estava em alta velocidade.

Esta versão é contestada por Sabine Kehm, porta-voz do piloto. Questionada pela AFP sobre as novas informações, Kehm disse apenas que não faria comentários.


Nenhuma nova informação sobre o estado de saúde de Schumacher foi divulgada nesta sexta-feira. Até o momento, a situação é "estável", mas sempre "crítica".

Nesta sexta-feira, dezenas de fãs da escuderia italiana Ferrari foram ao Centro Hospitalar Universitário, em Grenoble, mostrar apoio ao ídolo.

"Schumi fez muito por nós. A única coisa que nós poderíamos fazer neste momento era vir aqui e dar apoio a ele a sua família no dia de seu aniversário", disse á AFP Stefano Pini, 47 anos.

Menos fãs do que jornalistas

A Ferrari anunciou na quinta-feira que colocaria à disposição dos fãs italianos "cerca de 20 ônibus" para transportá-los até Grenoble. Dois chegaram à cidade francesa nesta sexta-feira, trazendo cerca de 100 pessoas, um número inferior ao de jornalistas que cobrem o caso.

"Ele é um dos meus maiores ídolos, sempre acompanhei seus passos. Espero que ele saia dessa", disse Gabriel Klos, 36 anos, que foi à França acompanhado do filho Logan, 12 anos.

A manifestação de apoio ficou caótica em alguns momentos do dia, especialmente quando fãs e jornalistas se espremiam numa das entradas do hospital, impedindo a passagem de médicos e pacientes.

Entre os 130 fã-clubes da Ferrari espalhados pela Europa, a manifestação de apoio não foi unanimidade.

O presidente do clube Ferrari Roma-Colosseo, Roberto Luongo, se recusou a comparecer ao local "em consideração a um homem que está sofrendo". "É delicado, e se eu fosse da família de Schumacher, estaria decepcionado com tal iniciativa".

O ex-piloto de F1 Philippe Streiff, tetraplégico após um acidente durante um treino no Rio de Janeiro, também foi ao hospital falar com a esposa de Michael Schumacher.

"Espero que ele consiga se comunicar, que ele não fique com sequelas como eu fiquei", disse Streiff aos repórteres.

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