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Ariel Sharon está em "perigo iminente de morte", diz diretor de hospital

O estado de saúde do ex-primeiro-ministro israelense tem se deteriorado lentamente desde quarta-feira

Agência France-Presse
postado em 05/01/2014 09:12
Ariel Sharon foi forçado a renunciar, o que não o impediu de se tornar primeiro-ministro em 2001, cargo para o qual foi reconduzido em 2003
Tel Aviv - Ariel Sharon, em coma há oito anos, "continua em perigo iminente de morte", afirmou neste domingo (5/1) o diretor do hospital de Tel Aviv onde o ex-primeiro-ministro israelense é tratado.

"Seu coração é mais resistente do que pensávamos, mas continua em perigo de morte iminente (...) e estou mais pessimista do que antes", declarou durante uma coletiva de imprensa Zeev Rotstein, diretor do Hospital Tel Hashomer, em Tel Aviv.

"Suas funções vitais, principalmente renais, não voltaram", indicou o professor Rotstein.

Questionado sobre a possibilidade de uma possível recuperação de "Arik" (o diminutivo de Ariel, cujo nome significa "leão" em hebraico), ele respondeu: "Não sou profeta, mas não há uma saída possível para a crise".

[SAIBAMAIS] O estado de saúde do ex-primeiro-ministro, em coma desde um acidente vascular cerebral em 4 de janeiro de 2006, tem se deteriorado lentamente desde quarta-feira.

Sharon será lembrado como aquele que preparou e conduziu em 1982 a invasão do Líbano, quando era ministro da Defesa, mas também como o primeiro chefe de um governo de Israel que realizou uma retirada de parte dos territórios palestinos ocupados desde 1967.

Uma comissão oficial de inquérito concluiu a sua responsabilidade por não ter previsto nem impedido o massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila em Beirute, em setembro de 1982, perpetrado por uma milícia cristã aliada a Israel.

Ele foi forçado a renunciar, o que não o impediu de se tornar primeiro-ministro em 2001, cargo para o qual foi reconduzido em 2003.

Em 2005, ele surpreendeu ao evacuar a Faixa de Gaza e os 8.000 colonos que se estabeleceram com o seu encorajamento nesta região.

Esta decisão provocou fortes críticas por parte da direita e do lobby dos colonos.

Em 18 de dezembro de 2005, ele foi hospitalizado depois de um "pequeno derrame", que ele se recuperou rapidamente.

Mas alguns dias depois, em 4 de janeiro de 2006, um "acidente vascular cerebral sério" o levou a um coma profundo, do qual nunca emergiu.

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