Agência France-Presse
postado em 06/01/2014 11:35
Jerusalém - O estado de saúde do ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, em coma há oito anos, voltou a piorar, anunciou nesta segunda-feira o hospital onde é atendido.
A saúde de Sharon, de 85 anos, que não recuperou a consciência desde um ataque cerebral no dia 4 de janeiro de 2006, se deteriora desde o dia 1; de janeiro.
Apesar de uma estabilização de suas funções cardíacas, a deterioração das "outras funções vitais" do paciente, como os rins, os pulmões e o fígado, continua, afirmou Zeev Rotstein, diretor do hospital Sheba, em Tel Hashomer, perto de Tel Aviv, cujas declarações foram divulgadas pelos meios de comunicação.
"O risco para sua vida aumentou", sustentou Rotstein, considerando que, a menos que ocorra um milagre, "a situação continuará piorando todos os dias".
Sharon entrará para a história como o responsável pela invasão do Líbano quando era ministro da Defesa, em 1982, mas também como o falcão da direita nacionalista que iniciou a saída israelense de Gaza.
[SAIBAMAIS]
Uma investigação oficial o declarou culpado de não ter previsto nem impedido os massacres realizados nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila em setembro de 1982 por uma milícia cristã aliada de Israel, pelos quais precisou renunciar. Isso não o impediu de se converter em primeiro-ministro em 2001 e de ser reeleito em 2003.
No dia 28 de setembro de 2000, sua visita à esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, o terceiro lugar santo do Irã, avivou a indignação. No dia seguinte explodiu a segunda Intifada.
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Depois de ser um defensor da colonização dos Territórios Palestinos, em 2005 organizou a retirada israelense da Faixa de Gaza e o desmantelamento de colônias instaladas na região. Esta decisão lhe valeu as críticas de grande parte da direita israelense e dos colonos.