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Prevenção reduz custo de catástrofes naturais em 2013, segundo estudo

Em 2013, as companhias de seguros cobriram US$ 31 bilhões, abaixo da média dos últimos dez anos, que foi de US$ 56 bilhões, segundo comunicado da Munich Re

Agência France-Presse
postado em 07/01/2014 17:32
A prevenção reduziu o custo das catástrofes naturais em 2013, embora os danos provocados tenham chegado a US$ 125 bilhões (EUR 92 bilhões), segundo estudo da seguradora alemã Munich Re, publicado nesta terça-feira (7/1).

Nos últimos dez anos, as catástrofes naturais provocaram, em média, danos no valor de 184 bilhões de dólares no mundo.

Em 2013, as companhias de seguros cobriram US$ 31 bilhões, abaixo da média dos últimos dez anos, que foi de US$ 56 bilhões, segundo comunicado da Munich Re.

"Alguns episódios de 2013 ilustraram como os alertas e as medidas preventivas podem reduzir o impacto das catástrofes climáticas. No caso das tempestades de inverno mais recentes na Europa, por exemplo, os danos foram relativamente baixos", disse Torsten Jeworrek, membro da direção da Munich Re, citado no comunicado.



Em 2013, em termos econômicos, as "catástrofes naturais mais caras" foram as inundações no sul e no leste da Alemanha em junho, destacou o informe. As cheias deixaram 11,7 bilhões de euros em danos, dos quais EUR 2,3 bilhões estavam assegurados.

Para os seguros, as tempestades de granizo que chegaram a ter o tamanho, em alguns casos, de uma bola de tênis, foram as mais caras. Dos 3,9 bilhões de euros em danos que deixaram, os seguros tiveram que cobrir 3,1 bilhões de euros.

Do ponto de vista humano, a pior catástrofe foi o tufão Haiyan, que sacudiu, no começo de novembro o sudeste das Filipinas, causando a morte de 6.000 pessoas e deixando milhões sem teto.

O custo total dos danos provocados pelo tufão Haiyan elevou-se a US$ 10 bilhões, mas o valor assegurado não vai superar US$ 1 bilhão, devido à escassa penetração dos seguros na região.

"Episódios como o ocorrido nas Filipinas mostram que é urgente fazer mais nos países emergentes e em desenvolvimento para proteger as pessoas. Isso inclui edifícios mais sólidos e estruturas de proteção, assim como programas de seguro para proporcionar aos que precisam uma assistência financeira depois de um desastre", disse Jeworrek.

Ao contrário, a temporada de furacões no Atlântico norte foi "muito tranquila" em 2013, provocando menos danos nos Estados Unidos do que nos anos anteriores, segundo a Munich Re.

A catástrofe natural mais destrutiva em solo americano no ano passado foi a série de fortes tornados que sacudiu o estado de Oklahoma, destruindo ou danificando cerca de 10.000 casas. O montante dos danos representa 5,7 bilhões de dólares, dos quais US$ 1,8 bilhão estava assegurado.

No total, as 880 catástrofes naturais registradas em 2013 provocaram a morte de 20 mil pessoas, mais do que em 2012, porém abaixo da média dos últimos dez anos, que foi de 106.000 mortos, destacou o relatório da Munich Re.

Segundo dados publicados em meados de dezembro pela seguradora suíça Swiss Re, em 2013 morreram 25.000 pessoas no mundo vítimas desses episódios climáticos. Segundo suas estimativas, os seguros cobrirão 44 bilhões de dólares em danos, quase a metade com relação a um ano atrás (US$ 81 bilhões).

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