Agência France-Presse
postado em 08/01/2014 18:53
Nova York - A comunidade internacional deve fazer uma "advertência" ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, após sua polêmica visita ao santuário Yasukuni em Tóquio, no final de dezembro - defendeu o embaixador chinês na ONU, Liu Jieyi, na quarta-feira (8/1).Em entrevista coletiva, o embaixador condenou energicamente a visita e disse que a iniciativa ameaça levar o Japão "por um caminho muito perigoso".
De acordo com Liu, a comunidade internacional deve "dar a ele uma advertência" para que Abe "retifique sua visão equivocada da História".
[SAIBAMAIS]O templo, erguido pelos soldados japoneses mortos, incluindo alguns condenados por crimes de guerra, "glorifica a agressão e uma visão militarista da História (...). É a encarnação do militarismo japonês", frisou.
A visita de Abe ao santuário também é contrária "aos princípios e os objetivos da Carta da ONU", acrescentou o embaixador.
Em 26 de dezembro, Shinzo Abe fez uma oração no templo xintoísta no centro de Tóquio. O gesto provocou a ira de China e Coreia do Sul. Ambos os países veem o local de culto como um símbolo das atrocidades cometidas pelo Exército japonês durante a colonização da península coreana (1910-45) e a ocupação de uma parte da China (1931-45).