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Estado do ex-premiê israelense Sharon 'extremadamente crítico'

A saúde de Sharon, de 85 anos, que não recuperou a consciência desde um ataque cerebral no dia 4 de janeiro de 2006, se deteriora desde o dia 1º de janeiro

Agência France-Presse
postado em 09/01/2014 15:09
Ariel Sharon foi forçado a renunciar, o que não o impediu de se tornar primeiro-ministro em 2001, cargo para o qual foi reconduzido em 2003
O estado de saúde do ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, em coma há oito anos, piorou nas últimas horas e se encontra em estado "extremadamente crítico", anunciou nesta quinta-feira (9/1) o hospital onde é atendido.

A saúde de Sharon, de 85 anos, que não recuperou a consciência desde um ataque cerebral no dia 4 de janeiro de 2006, se deteriora desde o dia 1; de janeiro.

"Durante as últimas horas, houve uma piora no estado do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon. Seu estado é considero extremadamente crítico e sua família está ao seu lado todo o tempo", segundo um comunicado do hospital Sheba, localizado em Tel Hashomer, próximo de Tel Aviv.

A rádio militar indicou, por sua vez, "que lhe restam dias, se não horas, de vida".

Sharon entrará para a história como o responsável pela invasão do Líbano quando era ministro da Defesa, em 1982, mas também como o falcão da direita nacionalista que iniciou a saída israelense de Gaza.

Uma investigação oficial o declarou culpado de não ter previsto nem impedido os massacres realizados nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila em setembro de 1982 por uma milícia cristã aliada de Israel, pelos quais precisou renunciar.



Isso não o impediu de se converter em primeiro-ministro em 2001 e de ser reeleito em 2003.

No dia 28 de setembro de 2000, sua visita à esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, o terceiro lugar santo do Irã, avivou a indignação. No dia seguinte explodiu a segunda Intifada.

Depois de ser um defensor da colonização dos Territórios Palestinos, em 2005 organizou a retirada israelense da Faixa de Gaza e o desmantelamento de colônias instaladas na região.

Esta decisão lhe valeu as críticas de grande parte da direita israelense e dos colonos.

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