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Premier islamita tunisiano anuncia renúncia após meses de crise

Os políticos se comprometeram a adotar a Constituição antes de 14 de janeiro, o terceiro aniversário da revolução que marcou o início da Primavera Árabe

postado em 09/01/2014 15:44
Embora ainda não tenha consagrado a igualdade entre os sexos, desde 1956 a Tunísia é o país árabe que concede mais direitos às mulheres. No entanto, o homem continua tendo privilégios, sobretudo em relação à herança.

Os políticos se comprometeram a adotar a Constituição antes de 14 de janeiro, o terceiro aniversário da revolução que marcou o início da Primavera Árabe.



Impostos suspensos após confrontos

Este dia movimentado no plano político, acontece em meio a um contexto de tensão social, com o registro de ataques a prédios do governo após o anúncio de novos impostos.

Em seu último discurso antes da renúncia, Larayedh reagiu anunciando a suspensão de uma série de novos impostos sobre os transportes que provocaram confrontos entre manifestantes e policiais, principalmente no interior do país, berço de uma revolução em 2011 foi provocada pela miséria e pelas desigualdades sociais.

"Para não dar chances ao terrorismo a aos grupos criminosos, após discussões com os ministros, decidimos suspender a aplicação dos impostos sobre os transportes privados, de mercadorias, de pessoas e da agricultura", declarou.

Vários prédios públicos, principalmente delegacias, foram incendiados nos últimos dias.

A economia, atingida pelos conflitos políticos e sociais e pelo surgimento de um forte movimento jihadista armado, continua anêmica. A taxa de crescimento, inferior a 3% em 2013, é insuficiente para reduzir o desemprego que atinge, principalmente, 30% dos jovens diplomados.

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