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Em Genebra, prosseguem as negociações sobre programa nuclear iraniano

Elas se tornaram complicadas diante da necessidade de consultar as grandes potências envolvidas no acordo alcançado dia 24 de novembro

Agência France-Presse
postado em 10/01/2014 11:42
Genebra - Representantes do Irã e da União Europeia (UE) estavam reunidos desde a manhã desta sexta-feira (10/1) em Genebra para prosseguir com as negociações para colocar em andamento o acordo interino sobre o controverso programa nuclear de Teerã.

As negociações entre o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, e Helga Schmid, adjunta da chefe da diplomacia europeia, que representa o grupo 5%2b1 (China, Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido, além da Alemanha), se tornaram complicadas diante da necessidade de consultar as grandes potências envolvidas no acordo alcançado no dia 24 de novembro.

"Schmid tem uma grande responsabilidade porque para cada questão deve consultar cada um dos seis países (que não estão presentes em Genebra)", reconheceu Araghchi na televisão iraniana. "Na quinta-feira foram examinados um ou dois temas em suspenso que eram alvos de divergências e trocamos nossos pontos de vista. Decidimos fazer uma pausa para que ela pudesse falar com os seis países", indicou.



A emissária dos Estados Unidos, Wendy Sherman, número três do Departamento de Estado, esteve presente em Genebra na quinta-feira, quando se reuniu com Araghchi e Schmid para apresentar as ideias americanas e "ser útil na discussão com o objetivo de resolver as questões pendentes do acordo", segundo Jen Psaki, porta-voz da diplomacia americana em Washington. Também houve um encontro bilateral entre iranianos e americanos.

Em outras duas séries de negociações anteriores em nível de especialistas, em Viena e Genebra em dezembro, foi proposta a data de 20 de janeiro para colocar em andamento este acordo, considerado um avanço após 10 anos de tensões em torno do programa nuclear iraniano. Este acordo prevê, entre outras coisas, que não sejam aplicadas novas sanções contra o Irã durante um período de seis meses. Em troca, Teerã se comprometeu a congelar o desenvolvimento de seu programa nuclear, sobre o qual se suspeita que tenha fins militares, apesar das negativas do Irã.

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