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Barack Obama anuncia em 17 de janeiro reforma na inteligência

O presidente da Comissão Judiciária da Câmara de Representantes, o republicano Bob Goodlatte, pediu ao presidente que explique a necessidade de um programa tão amplo de coleta de dados

Agência France-Presse
postado em 10/01/2014 18:35
O presidente americano mostrará os resultados do trabalho que foi feito no processo de revisão por um painel independente de especialistas
O presidente americano, Barack Obama, anunciará em 17 de janeiro reformas nas atividades de espionagem realizadas pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), informou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Carney declarou que, em pronunciamento na próxima sexta-feira, Obama mostrará "os resultados do trabalho que foi feito no processo de revisão" por um painel independente de especialistas.

Na quinta-feira (9/1), a Casa Branca já havia anunciado que o presidente estava muito perto de concluir os itens da reforma no setor de espionagem, em meio a encontros com congressistas que supervisionam a comunidade de inteligência americana.



Obama se reuniu com a delegação em Washington, como parte das consultas com diferentes atores envolvidos no debate sobre como melhorar o equilíbrio entre segurança nacional e preservação das liberdades civis. Esse debate foi iniciado após os vazamentos feitos pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden, agora asilado na Rússia.

[SAIBAMAIS]O encontro incluiu várias autoridades críticas da coleta de dados eletrônicos por parte da NSA. Desde o início da polêmica, Obama vem afirmando que as revelações feitas por Snowden minaram a confiança da opinião pública na comunidade de inteligência americana e que reformas são necessárias.

O presidente da Comissão Judiciária da Câmara de Representantes, o republicano Bob Goodlatte, um dos parlamentares presentes na reunião, pediu ao presidente que explique a necessidade de um programa tão amplo de coleta de dados.

Funcionários de alto escalão do governo sinalizaram que o presidente Obama está avaliando a possibilidade de permitir que os programas sejam mantidos, desde que os dados sejam armazenados por empresas do setor de tecnologia, ou por uma terceira parte, que não seja a NSA. As autoridades da comunidade de inteligência teriam, então, de obter uma permissão judicial para acessar os registros telefônicos, por exemplo.

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