Agência France-Presse
postado em 11/01/2014 18:01
Montevidéu - O Mercosul deve "ajustar parte jurídica" à sua realidade para solucionar os problemas internos que impedem que as diferenças entre seus membros sejam decididas pela institucionalidade do bloco, disse o presidente uruguaio, José Mujica, neste sábado a um meio local.
O bloco regional deve "ajustar a parte jurídica no possível ao que somos hoje e não ao que sonhamos que deveríamos ser, acho que isto merece uma discussão", destacou Mujica ao telejornal Teledía, do Canal 4 de Montevidéu.
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O presidente destacou que o "Mercosul tem um problema interno e tem que revisar, revisar a si mesmo, que é o que continua vigente e o que não continua vigente". "Temos sistemas estabelecidos juridicamente de dirimir nossas diferenças e conflitos que na verdade não funcionam e não podemos aplicar. Seria mejor que nos entendamos e se estes mecanismos não servem tentemos construir outros que sejam flexíveis, que respondam mais à época atual", reforçou. "O que não podemos continuar é com uma espécie de mentira institucional, temos uma letra mas vamos por outro caminho", acrescentou.
Meses atrás, a Argentina proibiu a transferência de carga de mercadorias em portos uruguaios, em uma medida que Montevidéu considerou uma represália à sua decisão de autorizar o aumento da produção de uma fábrica de celulose, que no passado levou os dois países à Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ).
Em novembro, o Uruguai apresentou uma queixa perante o Mercosul - bloco regional que integra junto com Brasil, Argentina, Paraguai e Venezuela -, mas ainda não teve resposta. A medida adotada por Buenos Aires provoca perdas milionárias ao porto de Montevidéu. "Muitas vezes, a diplomacia presidencial direta tende a substituir o que não funciona e que deveria funcionar, que é a diplomacia institucional acordada", destacou.
Dias atrás, Mujica reconheceu que a relação com a Argentina está "trancada" e reiterou sua vontade de retomar o diálogo com sua colega, Cristina Kirchner, em uma reunião que poderia se concretizar na próxima cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) que será celebrada em Havana a partir de 28 de janeiro.
Outro possível encontro entre os dois presidentes poderia ocorrer na cúpula do Mercosul, prevista para 31 de janeiro, em Caracas.
O bloco regional deve "ajustar a parte jurídica no possível ao que somos hoje e não ao que sonhamos que deveríamos ser, acho que isto merece uma discussão", destacou Mujica ao telejornal Teledía, do Canal 4 de Montevidéu.
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O presidente destacou que o "Mercosul tem um problema interno e tem que revisar, revisar a si mesmo, que é o que continua vigente e o que não continua vigente". "Temos sistemas estabelecidos juridicamente de dirimir nossas diferenças e conflitos que na verdade não funcionam e não podemos aplicar. Seria mejor que nos entendamos e se estes mecanismos não servem tentemos construir outros que sejam flexíveis, que respondam mais à época atual", reforçou. "O que não podemos continuar é com uma espécie de mentira institucional, temos uma letra mas vamos por outro caminho", acrescentou.
Meses atrás, a Argentina proibiu a transferência de carga de mercadorias em portos uruguaios, em uma medida que Montevidéu considerou uma represália à sua decisão de autorizar o aumento da produção de uma fábrica de celulose, que no passado levou os dois países à Corte Internacional de Justiça de Haia (CIJ).
Em novembro, o Uruguai apresentou uma queixa perante o Mercosul - bloco regional que integra junto com Brasil, Argentina, Paraguai e Venezuela -, mas ainda não teve resposta. A medida adotada por Buenos Aires provoca perdas milionárias ao porto de Montevidéu. "Muitas vezes, a diplomacia presidencial direta tende a substituir o que não funciona e que deveria funcionar, que é a diplomacia institucional acordada", destacou.
Dias atrás, Mujica reconheceu que a relação com a Argentina está "trancada" e reiterou sua vontade de retomar o diálogo com sua colega, Cristina Kirchner, em uma reunião que poderia se concretizar na próxima cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) que será celebrada em Havana a partir de 28 de janeiro.
Outro possível encontro entre os dois presidentes poderia ocorrer na cúpula do Mercosul, prevista para 31 de janeiro, em Caracas.