Combatido por forças iraquianas e por rebeldes sírios, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), afiliado à Al-Qaeda, reacendeu as preocupações com o crescimento da rede terrorista na instável fronteira Síria/Iraque. Na última semana, o grupo extremista liderado por Abu Bakr Al-Baghdadi mostrou as garras, ao tomar o controle da cidade iraquiana de Fallujah, e despertou a ira de insurgentes sírios, por tentar impor a liderança na guerra civil do país. Apesar do combate aos tentáculos do EIIL, analistas ainda não enxergam uma clara estratégia para minar as operações dos extremistas.
O grupo surgiu no Iraque durante o vácuo de poder formado após a queda do ex-ditador Saddam Hussein e a invasão norte-americana ao país em 2003. Embora o horror provocado pela brutalidade dos jihadistas tenha levado tribos da região a apoiarem o combate aos terroristas, a facção renovou forças na guerra civil do país vizinho, onde atua desde 2011, e tenta avançar, na ambição de criar um califado baseado na sharia, a lei islâmica.
Max Boot, especialista em política externa americana e combate ao terror do Conselho de Relações Exteriores (CFR, pela sigla em inglês), acredita que a negligência do governo de Barack Obama após a retirada de tropas americanas do Iraque, em 2011, fomentou o retorno dos extremistas na região. Ele sustenta que o trabalho de conselheiros norte-americanos no combate às tendências sectárias em Bagdá ;desapareceu;. Segundo o analista, isso permitiu que o premiê Nuri Al-Maliki (xiita) agisse de forma ;vingativa; contra a população sunita, firmando apoio aos jihadistas.
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