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EUA e Rússia pedem cessar-fogo na Síria antes de conferência de paz

O conflito na Síria deixou pelo menos 130 mil mortos

postado em 13/01/2014 17:08
Brasília - Os Estados Unidos e a Rússia apelaram hoje (13/1) para um cessar-fogo na Síria antes da Conferência de Paz Genebra 2, prevista para 22 de janeiro, em Montreux, na Suíça. ;Discutimos a possibilidade de tentar um cessar-fogo, que talvez possa começar por Alepo [Norte da Síria];, disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, após reunião com o chanceler russo, Serguei Lavrov, e o enviado especial da Liga Árabe e das Nações Unidas para a Síria, Lakhdar Brahimi.

Segundo os três representantes, há divergências sobre uma possível participação do Irã na conferência. De acordo com John Kerry, o Irã será bem-vindo, se aceitar os princípios de uma transição política na Síria, termos definidos em uma primeira reunião em Genebra, em junho de 2012. ;O Irã deve ainda decidir se apoia os termos da Declaração da Conferência Genebra 1, que prevê um governo de transição, dotado de todos os poderes", informou Kerry.



O ministro russo, cujo país é um aliado tradicional do regime sírio, reafirmou que ;é muito claro que o Irã e a Arábia Saudita devem participar na conferência;. Lakhdar Brahimi destacou a ;importância; da presença do Irã.

O encontro entre Kerry, Lavrov e Brahimi ocorreu um dia depois de uma reunião do grupo de países Amigos da Síria, em Paris, na França. Depois da reunião, 11 países ocidentais e árabes pediram à Coligação Nacional de oposição para participar na conferência internacional de paz.

;Instamos a Coligação Nacional para responder positivamente ao convite feito pelo secretário-geral das Nações Unidas [Ban Ki-moon] para formar uma delegação da oposição síria;, segundo comunicado dos 11 países que apoiam a oposição síria.

[SAIBAMAIS]Depois do encontro, o presidente da Coligação Nacional, Ahmad Jarba, informou que os Amigos da Síria concordam que o atual presidente sírio, Bashar AL Assad e a sua família "não têm futuro" no país. ;A sua saída é inexorável;, enfatizou Ahmad Jarba.

O conflito na Síria, que começou em março de 2011, deixou pelo menos 130 mil mortos, de acordo com a organização não governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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