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Paz no Oriente Médio: Alemanha alerta Israel para risco da colonização

"Está claro que o prosseguimento da construção nas colônias realmente afeta o processo de paz", afirmou Steinmeier

Agência France-Presse
postado em 13/01/2014 20:12

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, durante um evento no memorial para o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon nesta segunda-feira (13/1)

Jerusalém - O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, alertou Israel nesta segunda-feira (13/1) contra a colonização e seu potencial para minar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.

"Está claro que o prosseguimento da construção nas colônias realmente afeta o processo de paz", afirmou Steinmeier, em sua primeira visita oficial a Israel e aos territórios palestinos desde que retomou o cargo, em dezembro passado.

A Alemanha é um aliado próximo de Israel. O ministro deu seu apoio aos esforços do secretário de Estado americano, John Kerry, que tenta levar israelenses e palestinos a aderir a um acordo sobre as linhas gerais de um tratado de paz definitivo.

"Estamos em uma fase decisiva do processo (de paz). Nós nos comprometemos a apoiar esses esforços de forma permanente", disse aos jornalistas depois de se reunir com o presidente palestino, Mahmud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia.

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Já o negociador palestino Sa;b Erakat pediu à Alemanha e à União Europeia que "ajam para por fim à política de colonização israelense, que sabota o processo de paz". Antes, Steinmeier havia representado seu país no funeral do ex-primeiro-ministro de Israel e ex-chefe militar Ariel Sharon.

Até o momento, Kerry não conseguiu convencer ambas as partes a aderir a seu plano de paz. Em discurso neste fim de semana, Abbas reafirmou que não haverá paz até que Jerusalém Oriental, anexada por Israel, torne-se capital do futuro Estado da Palestina. Para Israel, Jerusalém é sua capital "eterna e indivisível".

Abbas reiterou sua recusa em reconhecer Israel como Estado judeu, o que põe em xeque o direito de retorno dos refugiados palestinos de 1948. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pede aos palestinos que reconheçam Israel como "o Estado Nação do povo judeu".

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