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Estudo mostra aumento de conflitos religiosos internos no mundo

Um terço dos 198 países analisados experimentou em 2012 altos ou muito altos níveis de confrontos religiosos, tais como violência sectária, terrorismo ou assédio, contra 29% em 2011 e 20% em 2010

Agência France-Presse
postado em 14/01/2014 15:21
Com exceção das Américas, os conflitos religiosos internos aumentaram no mundo em 2012 até alcançar o nível mais elevado dos últimos seis anos, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (14/1) pelo americano Pew Research Center.

Um terço dos 198 países analisados experimentou em 2012 altos ou muito altos níveis de confrontos religiosos, tais como violência sectária, terrorismo ou assédio, contra 29% em 2011 e 20% em 2010.

O maior aumento ocorreu no Oriente Médio e África do Norte, duas regiões que ainda sofrem os efeitos da chamada Primavera Árabe de 2010-2011.

Como exemplo, a pesquisa cita o aumento dos ataques contra igrejas coptas e empresas de propriedade de cristãos no Egito. Acrescenta que a china também conheceu uma intensificação dos conflitos religiosos.

No entanto, o número de países cujos governos impuseram restrições ou proibições às práticas religiosas se manteve praticamente sem alterações. Três em cada dez países têm elevados ou muito elevados níveis de restrições, assegura o estudo.



Entre os 25 países mais povoados, Egito, Indonésia, Rússia, Paquistão e Mianmar sofrem com conflitos religiosos mais intensos.

A Coreia do Norte não foi incluída neste estudo, mas fontes primárias utilizadas indicam que o governo de Pyongyang está entre os mais repressivos do mundo, inclusive em relação à religião.

Cristãos e muçulmanos, que constituem mais da metade da população mundial, foram estigmatizados em muitos países. Muçulmanos e judeus sofreram maiores as hostilidades dos últimos seis anos, assegura o documento.

O assédio contra as mulheres com conotações religiosas pela forma com que se vestem também aumentou e abarcou quase um terço dos países, contra 25% em0 2011 e 7% em 2007.

A violência religiosa, no entanto, se reduziu na Costa do Marfim, Etiópia, Chipre e Romênia.

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