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Presidente afegão acusa forças dos EUA de matar oito civis em bombardeio

Karzai fez uma advertência contra qualquer tentativa de "intimidação" por parte dos EUA para obrigá-lo a assinar o acordo que ratifica a presença militar americana no território depois de 2014

O presidente afegão, Hamid Karzai, acusou nesta quarta-feira (15/1) as forças americanas mobilizadas em seu país de ter matado uma mulher e sete crianças em um bombardeio na província de Parwan, ao norte de Cabul.

Karzai "condena nos termos mais firmes o bombardeio da Força Aérea americana (...) que causou a morte de uma mulher e de sete crianças", declarou a Presidência afegã em um comunicado.

Ao ser procurada pela AFP, a Força Internacional da Otan no Afeganistão (Isaf) reconheceu ter realizado "incursões aéreas" durante uma operação conjunta com o Exército afegão contra insurgentes talibãs. A Isaf não especificou se esse bombardeio causou a morte de civis, mas disse "estar a par de informações" sobre a morte "acidental" de "dois" civis.


"A Isaf lamenta qualquer vítima civil (...) Estamos trabalhando com nossos aliados afegãos para determinar as circunstâncias desse incidente", afirmou, lembrando que um soldado da Força Internacional morreu em combate com os rebeldes.

Esse novo episódio pode tornar ainda mais tensas as relações entre Cabul e Washington, no momento em que os Estados Unidos tentam convencer Karzai a assinar um acordo para manter soldados americanos no país após a retirada do efetivo da Otan no final do ano.

Na segunda-feira (13/1), Karzai fez uma advertência contra qualquer tentativa de "intimidação" por parte dos Estados Unidos para obrigá-lo a assinar esse acordo que ratifica a presença militar americana no território depois de 2014.