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Morteiros disparados da Síria matam oito pessoas no Líbano

Uma autoridade da cidade declarou à AFP que cinco das vítimas eram crianças, três delas de uma mesma família

Agência France-Presse
postado em 17/01/2014 09:25

Pessoas inspecionam um local atingido pelos disparos de foguetes da Síria na cidade libanesa fronteiriça de Aarsal

Baalbeck - Oito pessoas, entre elas cinco crianças, morreram nesta sexta-feira (17/1) na queda de morteiros disparados da Síria contra a cidade libanesa fronteiriça de Aarsal, no incidente mais grave do tipo desde o início do conflito sírio.

"O registro dos disparos de morteiros a partir da Síria contra Aarsal aumentou para oito mortos, após uma mulher morrer em decorrência de seus ferimentos", anunciou uma fonte de segurança. O presidente libanês, Michel Sleimane, reagiu pedindo ao Exército para que "proteja" as cidades que fazem fronteira com a Síria.

[SAIBAMAIS]Uma autoridade da cidade declarou à AFP que cinco das vítimas eram crianças, três delas de uma mesma família. "Três das cinco crianças eram de uma mesma família libanesa. Há mais um menino libanês e a quinta vítima não foi identificada, mas trata-se de uma menina", indicou Ahmad al-Hojairi, da prefeitura de Aarsal.


O Exército libanês explicou que "entre 10h45 (06h45 de Brasília) e meio-dia (08h00 de Brasília), as regiões de Rass Baalbek, Al-Kawakh, Al-Bweida, Masharia al-Qaa, Aarsal e Hermel foram atingidas por 20 foguetes e morteiros disparados da Síria".

Aarsal, cuja população é majoritariamente sunita e partidária da rebelião síria, está localizada perto da fronteira e serve de passagem para refugiados, armas e rebeldes sírios, segundo fontes da segurança.

Há um ano a cidade tem sido alvo de ataques aéreos efetuados pelas forças do regime sírio.

Durante 30 anos, até 2005, o Líbano foi controlado política e militarmente pela Síria. O país segue profundamente dividido entre partidários e opositores de Damasco. O conflito na Síria, que deixou mais de 130.000 mortos em quase três anos, acentuou ainda mais as divisões dentro do país, principalmente após o envio de combatentes do movimento xiita Hezbollah para lutar ao lado do regime sírio.




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