Agência France-Presse
postado em 19/01/2014 14:18
Bagdá - O Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL), ligado à Al-Qaeda, estendeu a mão aos rebeldes sírios, seus antigos aliados, pedindo neste domingo o fim dos confrontos entre seus combatentes na Síria. "Hoje, o Estado (Islâmico) pede que parem de lutar contra nós, e se concentrem nos combates" contra o regime sírio, declara em uma mensagem de áudio postada nos fóruns jihadistas um homem apresentado como Abu Bakr al-Baghdadi, líder da organização.[SAIBAMAIS]Essa gravação marca um virada na política do EIIL, que havia afirmado recentemente que "esmagaria" os combatentes da oposição síria, considerando os integrantes da Coalizão Nacional síria e de seu braço armado, o Exército Sírio Livre, como "alvos legítimos".
A Coalizão aceitou neste sábado ir à conferência de paz sobre a Síria, chamada de Genebra II, que começa no dia 22 de janeiro na Suíça. Apesar de propor uma volta à aliança, Baghdadi acusa os grupos rebeldes de "traição". "Vocês nos apunhalaram pelas costas, quando todos os nossos soldados estavam na frente de combate", acrescentou.
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"Nós tínhamos um exército que tinha um plano para invadir Aleppo e avançar na frente oeste. Tínhamos forças em Hama, tínhamos forças em Idleb", acrescentou, referindo-se a diferentes regiões sírias. "Mas tudo isso acabou da noite para o dia, por causa de uma traição", acrescentou.
No dia 3 de janeiro, várias facções rebeldes sírias se uniram, voltando-se contra seus antigos aliados jihadistas, acusando-os de abusos e de querer dominar a Síria.