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Atentado com carro-bomba deixa pelo menos quatro mortos em Beirute

Trinta e cinco pessoas ficaram feridas, de acordo com a imprensa local

Agência France-Presse
postado em 21/01/2014 10:18
Beirute - Quatro pessoas morreram e 35 ficaram feridas em um atentado suicida em um bairro do sul de Beirute, considerado um reduto do movimento xiita libanês Hezbollah, indicou à AFP um porta-voz da Cruz Vermelha. "Quatro pessoas morreram e há 35 feridos", declarou o porta-voz da Cruz Vermelha libanesa, Ayad al-Monzer.

Bombeiros apagam fogo em local de explosão na área no subúrbio de Beirute
A Frente al-Nusra no Líbano, considerada o ramo de um grupo sírio vinculado à Al-Qaeda, reivindicou o atentado. "Com a ajuda de Deus todo-poderoso, nós respondemos aos massacres realizados pelo partido do Irã (o movimento libanês xiita Hezbollah) (...) com uma operação mártir em seu território no sul" de Beirute, afirmou o grupo em um comunicado publicado em sua conta no Twitter.

A Agência Nacional de Informação (ANI) evocou um atentado suicida. O ataque ocorreu em uma rua comercial movimentada, que já havia sido alvo no início de janeiro de um ataque suicida com carro-bomba, que matou cinco pessoas. "A explosão aconteceu na rua al-Arid em Haret Hreik", explicou o canal do Hezbollah, Al-Manar.

No local, os bombeiros tentam apagar as chamas, enquanto ambulâncias transportam os feridos para hospitais próximos, de acordo com um fotógrafo da AFP. Este é o sexto ataque desde julho contra redutos do movimento xiita, que combate ao lado do regime sírio em sua guerra contra os rebeldes, e o terceira em apenas um mês.



Um carro-bomba explodiu há menos de uma semana em Hermel, no Vale do Bekaa, matando três pessoas. Este ataque também foi reivindicado pela Frente al-Nusra no Líbano. Em 2 de janeiro, um atentado em Al-Arido foi reivindicado pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), também filiado à Al-Qaeda.

O Líbano está profundamente dividido sobre o conflito sírio, que exacerbou as tensões sectárias entre sunitas e xiitas, liderados pelo poderoso Hezbollah. O partido xiita, um aliado próximo do poder na Síria, reconheceu no final de abril de 2013 ter enviado homens para apoiar as tropas de Bashar al-Assad.

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