Agência France-Presse
postado em 21/01/2014 10:30
Cairo - O presidente islamita egípcio Mohamed Morsy, deposto pelas Forças Armadas em julho passado, será julgado por espionagem com o objetivo de realizar "ações terroristas" a partir de 16 de fevereiro, indicaram fontes judiciais nesta terça-feira (21/1).Morsy comparecerá junto a outras 35 pessoas, entre elas funcionários de alto escalão de sua presidência e de seu movimento da Irmandade Muçulmana. Todos são acusados de ter "espionado em benefício da organização internacional Irmandade Muçulmana, de seu braço militar e do Hamas", movimento islamita no poder na Faixa de Gaza, fronteiriça com o Egito.
Também devem responder por "atos terroristas no país dirigidos contra seus bens e instituições" e por terem buscado "semear o caos (...) aliando-se a grupos jihadistas", indicaram as fontes. Morsy - criticado por milhares de manifestantes por não ter conseguido administrar o país e por ter servido apenas aos interesses de sua organização - foi destituído no dia 3 de julho pelas Forças Armadas.
Desde então, os partidários são alvos de uma dura campanha de repressão que deixou mais de mil mortos e milhares de detidos nas fileiras islamitas.