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Assange pode ficar o 'tempo que quiser' em embaixada, diz Rafael Correa

O técnico em informática recebeu asilo do Equador no dia 16 de agosto de 2012, mas o Reino Unido se recusa a conceder a ele o salvo-conduto para que deixe a sede diplomática

Agência France-Presse
postado em 22/01/2014 18:52
Julian Assange se e refugiou em 2012 na representação equatoriana para evitar a extradição à Suécia por crimes sexuaisQuito - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, poderá "permanecer pelo tempo que quiser na embaixada equatoriana em Londres", onde está refugiado há um ano e sete meses para evitar sua extradição para a Suécia, disse o presidente Rafael Correa nesta quarta-feira (22/1). Assange "é bem-vindo em nossa embaixada. Pode ficar pelo tempo que quiser na embaixada do Equador em Londres. Mas estão atentando claramente contra seus direitos humanos, o direito à mobilidade", disse o governante durante um encontro com a imprensa estrangeira em Quito.

O responsável pelo WikiLeaks se refugiou em 2012 na representação equatoriana para evitar a sua extradição à Suécia por crimes sexuais que ele nega. Assange assegura que o pedido sueco é uma manobra para que seja entregue aos Estados Unidos, onde teme ser condenado por ter vazado milhares de documentos confidenciais que causaram problemas para a diplomacia americana.



O técnico em informática recebeu asilo do Equador no dia 16 de agosto de 2012, mas o Reino Unido se recusa a conceder a ele o salvo-conduto para que deixe a sede diplomática. Correa ressaltou que as chancelarias de ambas as nações "estão em contato permanente, mas qualquer solução para o caso Assange está nas mãos da Grã-Bretanha e da Europa em geral, porque também está nas mãos da Suécia e, inclusive, de algumas instâncias judiciais europeias".

O presidente do Equador enfatizou: "Toda a solução está na Grã-Bretanha. Por isso, conversaremos quantas vezes for necessário. Mas só falta a decisão da Grã-Bretanha ou da Suécia, por exemplo, para que seja interrogado na embaixada por videoconferência e a ordem de levá-lo à Suécia seja retirada". Em outubro do ano passado, o Equador ameaçou levar o governo britânico à justiça internacional por sua rejeição em permitir a saída de Assange.

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