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Kerry se reúne com Netanyahu e fala em Davos de paz no Oriente Médio

Em discurso, Kerry responderá previsivelmente às críticas formuladas a política externa por alguns dos aliados no Golfo



[SAIBAMAIS]Para tentar selar o acordo, no primeiro ano como secretário de Estado Kerry realizou 11 viagens a Israel e Cisjordânia para tentar alcançar um acordo que permita estabelecer pautas sobre as questões mais espinhosas, como a delimitação do futuro Estado palestino ou o futuro de Jerusalém, e continuar avançando. Israelenses e palestinos seguirão negociando ao menos até o final de abril. Mas, à medida que esta data se aproxima, foram feitas críticas de ambos os lados aos esforços de Kerry para levá-los a um pacto.

Netanyahu insistiu que todos os palestinos devem reconhecer Israel como Estado judeu. Os líderes palestinos se negam, porque temem ver abandonado seu direito ao retorno dos refugiados que partiram ou que foram obrigados a se exilar quando o Estado de Israel foi criado, em 1948, e quando ele ocupou a Cisjordânia, em 1967.

Em um discurso nesta sexta-feira em Davos, o presidente de Israel, Shimon Peres, reforçou os comentários que já haviam sido feitos por Netanyahu no mesmo fórum na quinta-feira, afirmando que seu país está comprometido com os esforços de paz de Kerry. "Há dificuldades, mas nenhum de nós tem uma alternativa real", declarou Peres em Davos. "Israel está oferecendo de forma genuína uma paz sincera", acrescentou o prêmio Nobel da Paz, de 90 anos.