Agência France-Presse
postado em 24/01/2014 14:21
O presidente ucraniano Viktor Yanukovitch anunciou nesta sexta-feira (24/1) uma reforma do governo e a introdução de emendas nas controvertidas leis sobre as manifestações em uma sessão extraordinária do parlamento prevista para a próxima semana.
O chefe de Estado, que fez o anúncio depois de reunir-se com o comissário europeu de Ampliação, Stefan Füle, também advertiu que empregará todos os meios legais a sua disposição se não encontrar uma solução para a crise aberta com a oposição.
"Tomamos uma decisão durante esta sessão: o presidente assinará um decreto e nós iremos reformar o governo para formar uma equipe governamental mais profissional", declarou Yanukovitch durante um encontro com líderes religiosos.
Sobre as leis votadas na semana passada e que entraram em vigor na quarta-feira (22/1), que reforçam as sanções contra os manifestantes, o presidente anunciou: "nós iremos adotar modificação destas leis e iremos resolver este problema".
O texto em questão prevê penas de prisão de 15 dias para aqueles que instalarem tendas em locais públicos até 5 anos de prisão para as pessoas que bloquearem prédios oficiais.
Ele foi denunciado pelos países ocidentais e provocou uma radicalização do movimento de contestação, nascido há dois meses após a recusa do governo em assinar um acordo com a UE em benefício de uma aproximação com Moscou.
Yanukovitch também confirmou sua intenção de libertar os militantes detidos nas manifestações, como prometeu ontem aos líderes da oposição, mas lançou uma advertência aos manifestantes em caso de impossibilidade de encontrar um acordo político.
"Se tudo se passar bem, melhor. Se não, nós iremos adotar todos os meios legais", indicou.