Agência France-Presse
postado em 24/01/2014 21:40
Paris - A primeira-dama francesa, Valérie Trierweiler, hospitalizada recentemente depois que foi revelado o romance de seu companheiro, François Hollande, com uma atriz, estará segunda-feira (27/1) em Mumbai para apoiar uma ONG, enquanto o presidente estará na Turquia. Depois da revelação de seu relacionamento com a atriz Julie Gayet, de 41 anos, o presidente francês prometeu esclarecer sua situação familiar. Hollande, de 59 anos, e Trierweiler, de 48 anos, não são casados, mas vivem juntos oficialmente desde 2010.Este esclarecimento pode ocorrer antes de 11 de fevereiro, quando Hollande visitará os Estados Unidos, informou recentemente o próprio presidente. Na sexta-feira, vários meios de comunicação franceses asseguraram que Hollande fará esta visita sem Trierweiler, embora inicialmente ela tinha sido convidada pelo presidente Barack Obama e sua esposa, Michelle.
Segundo alguns jornais, o casal Hollande-Trierweiler não existe mais. "Primeira-dama, acabou", intitulou o Le Parisien na capa, trazendo uma foto de Trierweiler na escadaria da Presidência, acrescentando que, segundo uma consulta, a maioria dos franceses não deseja mais que haja um estatuto particular para a primeira-dama, nem que o Estado dê dinheiro aos cônjuges do chefes de Estado.
Também nesta sexta, uma fonte de sua assessoria afirmou que Trierweiler "irá a Mumbai. Este deslocamento corre a cargo da ACF", organização não governamental Ação contra a Fome. Durante esta visita de dois dias, será celebrada uma coletiva de imprensa, mas ao que tudo indica Trierweiler aparecerá rapidamente e não fará uso da palavra, esclareceu a ACF.
A primeira-dama, que também é jornalista da revista Paris Match, estará acompanhada da atriz Charlotte Valandrey, que quer incentivar a doação de órgãos. Será a primeira aparição pública da primeira-dama francesa desde a publicação de fotos tiradas sem que o presidente percebesse nas quais Hollande aparece de capacete em uma moto perto do apartamento onde mora Gayet.
Após a divulgação das fotos, Trierweiler foi internada em caráter de urgência e ficou oito dias no hospital. Ao receber alta, dirigiu-se para uma residência presidencial situada ao lado do castelo de Versalhes, perto de Paris. Desde a publicação das fotos, Hollande tem viajado sozinho. Nos primeiros dias desta semana, esteve para a Holanda e, após reunir-se nesta sexta-feira com o Papa Francisco, no Vaticano, seguirá para a Turquia na segunda.
Segundo sua assessoria, Trierweiler "desautorizou" as declarações feitas na quinta-feira por sua advogada, pois esta teria falado "sem seu aval". A advogada Frédérique Giffard tinha dito que Trierweiler desejava sair "o mais dignamente possível" da situação provocada pela revelação do suposto caso entre Hollande e Gayet.
"O presidente da República e minha cliente estão refletindo", havia dito Giffard, reforçando que "a decisão só pertence a eles". A advogada também denunciou uma "escalada midiática completamente louca" e disse que "alguns ultrapassam os limites estabelecidos pelo direito, sem nenhum escrúpulo por Valérie Trierweiler, nem por sua família".
Ela afirmou, ainda, que "imaginar que minha cliente possa querer fazer uso de sua angústia é totalmente contrário à sua personalidade e à sua forma de conceber as relações humanas, baseada na franqueza".
Segundo o jornal Le Figaro, Valérie Trierweiler, mãe de três filhos, também estaria preocupada com sua situação financeira, após ter recusado participar de programas em um canal de televisão, e dispor apenas de seu salário no semanário Paris Match.