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França publica cartas inéditas de chefe nazista à esposa entre 1927 e 1945

O livro, publicado com edição de Katrin Himmler, sobrinha neta do nazista, e do professor Michael Wildt, terá o título 'Heinrich Himmler, correspondência com sua esposa, 1927-1945"

Agência France-Presse
postado em 29/01/2014 11:28
Paris - As cartas inéditas enviadas pelo chefe nazista das SS Heinrich Himmler a sua esposa Marga entre 1927 e 1945 serão publicadas em 20 de fevereiro, na França, indicou a editora Plon, que possui os direitos mundiais. O livro, publicado com edição de Katrin Himmler, sobrinha neta do nazista, e do professor Michael Wildt, terá o título "Heinrich Himmler, correspondência com sua esposa, 1927-1945".

[SAIBAMAIS]Estas cartas publicadas pela primeira vez confirmam que Himmler foi o grande coordenador da chamada "Solução Final" de extermínio dos judeus e o mostram muito mais íntimo de Hitler do que muitos historiadores descreveram. Durante muito tempo se pensou que as cartas de Himmler, assim como outros documentos pertencentes ao Reichsführer SS, estavam definitivamente perdidas. Mas as centenas de cartas, notas e fotos particulares de Himmler foram achadas em Israel, segundo anunciou no sábado passado o jornal alemão Die Welt.

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Heinrich Himmler, chefes das SS e da polícia alemã e antissemita visceral, desempenhou um papel-chave na eliminação da oposição a Hitler e na execução do Holocausto. Os campos de concentração e extermínio estavam sob sua autoridade. Os documentos encontrados recentemente estiveram por muitos anos nas mãos de um judeu israelense e atualmente se encontravam numa coleção privada em Tel Aviv, explica o Die Welt, que possui cópias.

São principalmente cartas para sua esposa Marga, que vão de 1927 - seis anos antes da chegada ao poder de Hitler - a 1945, sendo a última datada cinco semanas antes de seu suicídio, em 23 de maio, para escapar do julgamento. Os arquivos nacionais da Alemanha comprovaram a autenticidade dos documentos. "Isso não muda em nada a imagem geral da espantosa ditadura nazista", reconhece o Die Welt - que financiou um documentário sobre a vida privada do nazista e que será apresentado no próximo mês no Festival de Berlim.

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