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Regime sírio não mostrou qualquer compromisso nas negociações, diz oposição

Oposição afirma que o regime sírio não se compromete com a semana de negociações de paz

Agência France-Presse
postado em 31/01/2014 14:07
Genebra - O chefe da oposição síria, Ahmad Jarba, acusou o regime de não mostrar qualquer "compromisso sério" durante a semana de negociações de paz em Genebra encerrada nesta sexta-feira (31/1).

[SAIBAMAIS]"Nós não podemos falar de um compromisso sério por parte dos representantes de Assad", declarou Jarba à imprensa após uma primeira rodada de negociações a portas fechadas que terminou sem resultados concretos.

Jarba afirmou que a sua Coalizão participará da 2; rodada de negociações em fevereiro, mas advertiu que o fornecimento de armas à rebelião irá continuar enquanto o poder não aceitar negociar um período de transição que resulte na saída do presidente Bashar al-Assad.

"Quanto mais o regime continua a adiar e evitar os seus compromissos (...) nas negociações de Genebra II, mais as armas dos nossos revolucionários que defendem nossa dignidade vão aumentar em quantidade e qualidade", lançou.

"Garanto a vocês que os compromissos dos países (pró-oposição) tornaram-se realidade e o apoio aos nossos revolucionários aumentou, como ouviram falar nos últimos dias", indicou Jarba.


A imprensa divulgou nesta semana informações sobre a decisão não oficial do Congresso americano de fornecer armas para a rebelião síria. Washington não confirmou esta informação.


"Quando o regime parar de agredir o povo com seus aviões, barris explosivos, ele poderá solicitar o fim da ajuda (fornecida) à oposição para se defender", acrescentou Jarba.


Segundo o chefe da Coalizão, as negociações iniciadas em Genebra, em 25 de janeiro, e que prosseguiram por uma semana sem atingir resultados concretos, assina a sentença de morte do regime.


"A única verdade é que a aceitação por parte do regime de sentar-se à mesa de negociações é o começo do fim", disse.


"Ele cavou sua própria sepultura", acrescentou o opositor, antes de lançar: "o povo quer a queda de Assad".

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