Washington - O presidente americano, Barack Obama, disse estar satisfeito nesta sexta-feira (31/1) com as medidas apresentadas por seus adversários republicanos em matéria de imigração.
Na quinta-feira (30/1), membros da Câmara de Representantes (de maioria republicana) publicaram uma declaração sobre a reforma das leis de imigração, um projeto impulsionado pelo presidente Obama e adotado pelo Senado (dominado pelo democratas) em junho do 2013.
O texto republicano prevê uma regularização com pré-condições para os milhões de imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos, mas rejeita as medidas para facilitar o acesso à cidadania previstas no projeto do Senado.
A declaração do partido conservador prevê que os imigrantes ilegais "possam viver legalmente e sem medo nos Estados Unidos, caso aceitem admitir que infringiram as leis, se submetam verificações rígidas de seus antecedentes criminais, paguem multas e seus impostos atrasados, frequente, aulas de inglês e de educação cívica americana, sendo capazes de sustentar suas famílias" sem ajuda pública.
Entrevistado pela CNN, Obama evitou rejeitar a proposta republicana, apesar do obstáculo que representa a falta de acordo sobre o acesso à cidadania.
[SAIBAMAIS]"Muitas pessoas concordam com o princípio de não ter duas classes de pessoas nos Estados Unidos", afirmou ele, referindo-se à eventual reforma condicionada da cidadania que pode criar dois grupos entre os imigrantes.
Calcula-se que cerca de onze milhões de clandestinos vivam nos Estados Unidos, a maioria originários da América Latina. A reforma legislativa é uma das promessas de campanha de Obama, que contou com o apoio de mais de dois terços do eleitorado latino dos Estados Unidos, enquanto os republicanos perderam espaço nessa comunidade.