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Explosão de carro-bomba deixa pelo menos quatro mortos no Líbano

"Há pelo menos quatro mortos e mais de 15 feridos, incluindo dois ou três em estado crítico. Não achamos que seja um atentado suicida", declarou o ministro do Interior

Agência France-Presse
postado em 01/02/2014 15:48
Baalbeck - Pelo menos quatro pessoas morreram neste sábado em um atentado com carro-bomba em um posto de combustíveis na cidade de Hermel, reduto do movimento xiita Hezbollah no leste do Líbano, e horas depois um grupo jihadista reivindicou a autoria do ataque.

"Há pelo menos quatro mortos e mais de 15 feridos, incluindo dois ou três em estado crítico. Não achamos que seja um atentado suicida", havia anunciado mais cedo o ministro do Interior, Marwan Charbel, à rede de televisão do Hezbollah, Al-Manar.

[SAIBAMAIS]A explosão, que ocorreu por volta das 18h00 locais (14h00 de Brasília), provocou um enorme incêndio que prejudicou os trabalhos da equipes de emergência. A televisão exibiu imagens das chamas no local do atentado.

Foi o segundo atentado em menos de um mês nesta cidade, situada a cerca de dez quilômetros da fronteira com a Síria, país devastado por uma guerra há quase três anos. No dia 16 de janeiro, um carro-bomba explodiu na mesma região deixando três mortos.

Horas após o ataque, a Frente al Nosra no Líbano, considerada um braço do grupo sírio vinculado à rede terrorista Al-Qaeda, reivindicou o atentado deste sábado.

Em um comunicado publicado em sua conta no Twitter, o grupo anunciou que o atentado, realizado na cidade de Hermel, foi uma represália à implicação do Hezbollah na guerra na Síria junto a forças do regime de Bashar al Assad.

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"Realizamos um segundo ataque suicida contra o reduto do partido do Irã (Hezbollah) na cidade de Hermel para responder aos seus crimes cometidos contra nosso povo e sua insistência em enviar mais mercenários para matar o povo sírio", anunciou o grupo. Este grupo já tinha reivindicado dois atentados em janeiro contra redutos do movimento xiita libanês.

O atentado deste sábado é também o sétimo a atingir um reduto do Hezbollah desde que o movimento xiita anunciou, em meados de 2013, o seu envolvimento direto no conflito sírio em apoio às forças do presidente Bashar al-Assad. O grupo envia combatentes para lutar contra os rebeldes, sunitas em sua grande maioria.

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