Agência France-Presse
postado em 01/02/2014 16:52
Munique - Dmytro Bulatov, um militante da oposição ucraniana sequestrado e torturado durante uma semana, vai ser autorizado a deixar a Ucrânia no domingo se ele quiser ir a um país da União Europeia, indicou neste sábado o ministro alemão das Relações Exteriores.[SAIBAMAIS]Frank-Walter Steinmeier declarou à rede de televisão alemã que seu homólogo ucraniano, Leonid Kojara, havia dito a ele, em um encontro em Munique durante a Conferência sobre Segurança, que Bulatov "poderá deixar o país amanhã, se quiser".
O militante poderá ser recebido pela Alemanha para ficar em tratamento, acrescentou. As autoridades alemãs indicaram que não sabem se Dmytro Bulatov têm a intenção de deixar seu país.
Esse militante ucraniano contrário ao presidente Viktor Yanukovytch disse na sexta-feira ter sido "crucificado e retalhado" durante a semana em que ficou desaparecido.
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Ele estava sendo procurado desde 24 de janeiro como "suspeito de ter organizado grandes tumultos", o que poderia levá-lo a ser condenado a uma pena de detenção provisória, segundo o Ministério do Interior. Mas, levando-se em consideração o seu estado de saúde, o juiz de instrução solicitou ao tribunal que o deixasse em prisão domiciliar.
Seu caso suscitou consternação na Europa e nos Estados Unidos. Ele se soma a outros episódios de agressão e sequestro, incluindo um terminado em morte, ocorridos durante a onda de contestação sem precedentes que sacode a Ucrânia. O movimento começou depois da desistência do presidente Viktor Yanukovytch em assinar um acordo de associação com a União Europeia para se reaproximar da Rússia.