Kiev - Mais de 50.000 manifestantes da oposição se reuniram neste domingo no centro de Kiev, ocupado pelos opositores desde o início da maior crise na Ucrânia desde a independência.
[SAIBAMAIS]Os principais líderes da oposição, Vitali Klitschko e Arseni Yatseniuk, que retornaram de Munique (Alemanha), onde receberam o respaldo dos países ocidentais, foram aclamados quando apareceram no palanque principal.
Esta é a primeira manifestação importante em 10 dias, que tem como objetivo pressionar o presidente Viktor Yanukovytch, que está de licença por um problema de saúde.
Um dos primeiros discursos foi feito pelo ex-ministro do Interior do governo de Yulia Timochenko, Yuri Lutsenko, que denunciou a "nova tentativa de colonização" da Rússia.
Lutsenko pediu a criação de "unidades de autodefesa" em todo o país. "Será a melhor garantia contra um derramamento de sangue", disse. "Nada está terminado! Não perdemos nada, mas não ganhamos nada", completou.
Mais de dois meses depois do início, em 21 de novembro, da crise ucraniana - provocada pela recusa de Yanukovytch a assinar um acordo com a União Europeia e optar por uma aproximação com a Rússia -, a oposição tenta renovar o ânimo para manter a disposição.