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Para chanceler iraniano, Holocausto foi tragédia que não deve se repetir

Diferente de seu antecessor, Mahmud Ahmadinejad, que negou a existência do Holocausto, o novo presidente do Irã, Hassan Rohani, condenou "o massacre de judeus pelos nazistas"

Agência France-Presse
postado em 02/02/2014 21:13
Berlim - O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, disse neste domingo em declarações a uma emissora de televisão alemã que o extermínio dos judeus durante o regime nazista foi "uma tragédia cruel que não deve voltar a acontecer".

"Não temos nada contra os judeus e (temos) grande respeito por eles dentro e fora do Irã. Não nos sentimos ameaçados por ninguém", declarou o chefe da diplomacia iraniana, à emissora alemã Phoenix, após ter participado de uma conferência de segurança em Munique (sul).

Diferente de seu antecessor, Mahmud Ahmadinejad, que negou a existência do Holocausto, o novo presidente do Irã, Hassan Rohani, condenou "o massacre de judeus pelos nazistas".

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Segundo trechos da entrevista, divulgados pelo canal Phoenix, Mohammad Javad Zarif afirmou também que Israel "viola os direitos do povo palestino há 60 anos".

No que diz respeito às negociações internacionais sobre o programa nuclear de Teerã, o ministro iraniano disse que a república islâmica quer "romper o círculo vicioso e usar todos os meios para gerar confiança". Mas, acrescentou, "não aceitaremos ser dirigidos" por outros.

Desde 20 de janeiro, Teerã comprometeu-se a congelar atividades nucleares delicadas, conforme o acordo concluído em 24 de novembro, em Genebra, com o grupo dos países 5%2b1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha).

Os negociadores voltarão a se reunir em 18 de fevereiro, em Viena.

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