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Nicolás Maduro celebra 15 anos de chegada de Chávez ao poder

Em 2 de fevereiro de 1999, Hugo Chávez assumiu a presidência de Venezuela, após vencer as eleições de dezembro de 1998, com mais de 50% dos votos

Agência France-Presse
postado em 02/02/2014 21:27
Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, celebrou neste domingo (2/2) os 15 anos da chegada ao poder do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) diante de uma multidão de participantes, enquanto centenas de opositores faziam uma manifestação antigovernamental em uma praça de Caracas. "Somos os filhos de Chávez, o maior bolivariano que existiu em dois séculos nesta terra", proclamou Maduro, ao iniciar um discurso de mais de duas horas diante de uma multidão reunida nos jardins do palácio presidencial de Miraflores, no centro de Caracas.

Maduro ressaltou as conquistas de caráter social impulsionadas por Chávez, que teve três mandatos presidenciais

Em 2 de fevereiro de 1999, Hugo Chávez assumiu a presidência de Venezuela, após vencer as eleições de dezembro de 1998, com mais de 50% dos votos. Seu governo foi marcado pelo impulso de um modelo socialista consagrado à Constituição, aprovada no mesmo ano em que chegou ao poder.

Maduro ressaltou as conquistas de caráter social impulsionadas por Chávez, que teve três mandatos presidenciais e criou as chamadas "missões", que atendem os setores mais desfavorecidos na área de habitação, saúde, educação, entre outros.

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"Quinze anos depois da chegada de Chávez, que libertou o povo de burgueses, burocratas, traidores, faço um apelo a toda a Venezuela do trabalho (...), que nos olhemos nos olhos, abraços o coração e que por nossos filhos, pelo futuro, nos unamos para construir uma pátria", disse.

A Venezuela vive em meio a uma divisão política e uma difícil situação econômica, marcada por uma inflação de 56,2%, a maior da América Latina, e uma escassez cíclica de alimentos que se intensificou nos últimos dois meses, além de ser sacudida por uma onda de violência, que deixou em 2013 entre 39 e 79 homicídios por 100.000 habitantes, segundo ONGs.

Pouco antes do ato em Miraflores, centenas de simpatizantes da oposição se reuniram em uma praça do centro de Caracas para protestar contra o governo de Maduro, particularmente nos campos da segurança e da economia.

É momento de "nos mobilizarmos pela nossa pátria e seu melhor destino, se não o fizermos seremos responsáveis pela perda da nossa democracia e seu bem precioso: a liberdade", disse Antonio Ledezma, prefeito da Grande Caracas e um dos líderes da opositora Mesa da Unidad Democrática (MUD).

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