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Confrontos deixam 75 pessoas mortas na República Centro-Africana

"Ao menos 60 pessoas foram mortas, e muitas outras ficaram feridas, entre as quais 15 faleceram em decorrência de seus ferimentos no hospital de Boda", declarou o padre Cassien Kamatari

Agência France-Presse
postado em 03/02/2014 12:43

Segundo o fonte, ex-rebeldes Seleka das cidade de Maïki, Boda e Ngoto (oeste), informados da presença da força francesa Sangaris em M'baiki, chamaram todos os muçulmanos da região a juntar-se a eles

Ao menos 75 pessoas morreram desde terça-feira (28/1)em confrontos entre civis cristão e muçulmanos em Boda, cidade localizada a 100 km de Bangui, onde a violência interreligiosa continua, indicou uma fonte religiosa nesta segunda-feira (3/2).

"Ao menos 60 pessoas foram mortas, e muitas outras ficaram feridas, entre as quais 15 faleceram em decorrência de seus ferimentos no hospital de Boda", declarou o padre Cassien Kamatari, que indicou que os episódios de violência continuam nesta cidade. "Os muçulmanos, muito bem armados, formaram barricadas na entrada e na saída da cidade, atacam desde terça-feira os cristãos da cidade, que foram obrigados a fugir e se refugiar em minha paróquia, onde há 1.500 pessoas abrigadas atualmente", explicou o religioso.

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[SAIBAMAIS]Além das 75 vítimas cristã, "há um número equivalente de vítimas do lado dos muçulmanos, mas não é possível estabelecer um balanço confiável, porque os corpos são imediatamente enterrados", acrescentou. Segundo o padre, ex-rebeldes Seleka das cidade de Ma;ki, Boda e Ngoto (oeste), informados da presença da força francesa Sangaris em M;baiki, chamaram todos os muçulmanos da região a juntar-se a eles na região para poder se defender em caso de ataque cristão.

Uma vez que os ex-Seleka partiram, os confrontos começaram na terça-feira devido a "uma rixa entre dois muçulmanos (...) que resultou na morte de um deles. A multidão linchou o segundo", relatou o padre. A República Centro-Africana está envolvida em uma espiral de violência intercomunitária desde a tomada do poder pela ex-rebelião Seleka, majoritariamente muçulmana, em março de 2013, que cometeu muitos crimes contra uma população composta por 80% de cristãos.

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