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Irã "não está aberto aos negócios", afirma diplomata norte-americana

"Nas últimas semanas viajei ao Reino Unido, Alemanha, Itália, Áustria, Turquia e os Emirados Árabes Unidos, levando esta mensagem: o Irã não está aberto a negócios", disse a subsecretária do Estado

Agência France-Presse
postado em 04/02/2014 18:18
Washington - O governo dos Estados Unidos alertou diversos países associados que o Irã "não está aberto a negócios" e lembrou que as sanções continuam vigentes, disse nesta terça-feira (4/2) uma diplomata norte-americana no Senado.

"Nas últimas seis semanas viajei ao Reino Unido, Alemanha, Itália, Áustria, Turquia e os Emirados Árabes Unidos, levando esta mensagem: o Irã não está aberto a negócios", disse a subsecretária do Estado para Assuntos Políticos, Wendy Sherman.

[SAIBAMAIS]Sob os termos de um acordo assinado em novembro em Genebra, parte das sanções econômicas contra o Irã foi suspensa, em troca de uma interrupção parcial das atividades nucleares iranianas. O acordo, de seis meses de duração, entrou em vigor no dia 20 de janeiro e deve permitir resolver definitivamente a questão nuclear da República Islâmica.

O acordo significou uma mudança nas relações, mas a suspensão das sanções norte-americanas ao Irã é temporária, limitada e específica, disse Sherman à Comissão das Relações Exteriores do Senado.

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Por esta razão, disse, o próprio Secretário de Estado, John Kerry, tinha se comunicado diretamente com seu homólogo francês, Laurent Fabius, para falar da visita de uma delegação empresarial francesa a Teerã. O grupo empresarial francês Medef International planeja iniciar na quarta-feira uma visita a Teerã com um grupo de 116 representantes empresariais.

Sherman disse que o governo de Washington deixou claro que se governos amigos permitirem negócios com o Irã, também sofrerão as sanções norte-americanas.

"Dissemos quais são os limites do que podem fazer, lhes explicamos que os sancionaremos. Pouco importa se são países amigos ou não: se violam as sanções, os identificaremos e os sancionaremos, a todos. É a mensagem que temos enviado", insistiu.

Frente à comissão do Senado, Sherman defendeu a eficácia das sanções econômicas contra o Irã e afirmou que, por causa delas, o país ainda enfrentará dificuldades.

"O Irã continua lutando para financiar suas importações, para resolver as operações do governo e defender o valor de sua moeda. O impacto acumulado das sanções significa que a economia iraniana continuará a ter um desempenho muito abaixo do possível no futuro", disse Sherman.

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