Agência France-Presse
postado em 06/02/2014 11:01
Bagdá - Cinco pessoas morreram nesta quinta-feira (6/2), em Bagdá, na explosão de seis carros-bombas, principalmente em bairros xiitas. Estes atentados aconteceram um dia depois que uma série de atentados cometidos em Bagdá, um deles diante do prédio do ministério das Relações Exteriores, deixou pelo menos 34 mortos, no momento em que as forças de segurança realizam operações para retomar o controle de regiões nas mãos de insurgentes.[SAIBAMAIS]O Iraque está mergulhado desde o início de 2013 em uma espiral de violência, que fez mais de mil mortos apenas no mês de janeiro, em um contexto de descontentamento da minoria sunita e do conflito na Síria vizinha que incitou os insurgentes. Nenhum grupo reivindicou os ataques, mas grupos sunitas, incluindo o Estado Islâmico do Iraque e no Levante (EIIL), são os principais responsáveis por ataques coordenados a civis e forças de segurança em Bagdá.
Os jihadistas de EIIL também estão envolvidos no combate com as forças de segurança em Al-Anbar, uma província predominantemente sunita a oeste do país, na fronteira com a Síria e que foi um reduto da insurgência após a invasão americana de 2003. O comandante das forças terrestres do exército, o general Ali Ghaidan Majeed, anunciou que as forças armadas haviam retomado o controle de bairros de Ramadi, capital da província, depois de vários dias de violentos combates.
Em Fallujah, no entanto, as forças de segurança ainda estão fora da cidade, temendo que uma ofensiva possa provocar uma longa guerra com muitas baixas e muita destruição. Mais de 140 mil pessoas fugiram da violência na província de Al-Anbar, o maior deslocamento populacional em cinco anos no Iraque, segundo a ONU.