Agência France-Presse
postado em 07/02/2014 14:12
A morte na Arábia Saudita de uma estudante devido a um problema cardíaco provocou uma controvérsia nas redes sociais, onde os guardas da universidade foram acusados de impedir que uma ambulância a socorresse devido à ausência de um homem de sua família, como exige a religião.Amna Bawazeer, de 24 anos, faleceu na quarta-feira dentro da Faculdade de Ciências Sociais para Mulheres na Universidade Rei Saud de Riad, depois que foi negado o acesso de um enfermeiro à faculdade devido à ausência de um "mahram", um guardião legal, indicaram os meios de comunicação locais.
As estudantes acusaram imediatamente os responsáveis pela faculdade de serem responsáveis pela morte de sua aluna, segundo comentários divulgados no Twitter.
No entanto, a administração da faculdade rejeitou estas acusações, destacando em um comunicado que a estudante sofria de problemas cardíacos desde os quatro anos.
A administração sustentou que a estudante havia sido vítima de uma aguda crise cardíaca na quarta-feira, que foi fatal, apesar da intervenção dos funcionários da enfermaria da faculdade.
Em 2012, 15 jovens morreram em um incêndio em sua escola em Meca quando a polícia religiosa proibiu sua saída sob o pretexto de que elas não estavam vestidas em conformidade com o código islâmico.
A Arábia Saudita, um reino ultraconservador regido pela rígida aplicação da lei islâmica, impõe restrições muito severas às mulheres, que precisam de um tutor para trabalhar, viajar e inclusive para se casar. Também é o único país do mundo onde as mulheres não têm o direito de dirigir um veículo.