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Número de vítimas civis aumentou 14% no Afeganistão em 2013, diz ONU

ONU falou de uma mudança de dinâmica preocupante no conflito diante da aproximação da retirada das forças da Otan do país, prevista para o fim do ano

Agência France-Presse
postado em 08/02/2014 08:38
ONU falou de uma mudança de dinâmica preocupante no conflito diante da aproximação da retirada das forças da Otan do país, prevista para o fim do ano
Cabul - O número de vítimas civis no Afeganistão aumentou 14% em 2013, anunciou neste sábado (8/2) a ONU, que falou de uma mudança de dinâmica preocupante no conflito diante da aproximação da retirada das forças da Otan do país, prevista para o fim do ano. O conflito afegão, que opõe os insurgentes talibãs expulsos do poder em 2001 e as forças governamentais afegãs apoiadas por uma coalizão internacional, deixou no ano passado 2.959 mortos (%2b7% em relação a 2012) e 5.656 feridos (%2b17%) entre os civis, segundo o relatório anual da missão da ONU no Afeganistão (Unama).

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"A escalada do número de civis mortos ou feridos em 2013 vai contra a corrente da queda registrada em 2012", lamentou a Unama, ressaltando que o número de mortos do ano passado se aproxima do recorde de 2011 (3.133 mortos). Este aumento ocorre, sobretudo, por uma "mudança de dinâmica" no conflito devido à retirada progressiva da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan no Afeganistão, que em 2013 terminou de transferir a responsabilidade da segurança do país às forças afegãs, numerosas (350.000 homens), mas frágeis e mal equipadas.

"O fechamento das bases militares internacionais e a redução das operações aéreas e terrestres da Isaf (...) deram às forças antigovernamentais mais mobilidade e capacidade para atacar as forças afegãs, mais envolvidas e expostas que nos anos anteriores", ressalta a Unama. O aumento do número de vítimas civis em 2013 levanta dúvidas sobre a capacidade das forças afegãs de garantir a segurança do país. A Otan encerrará no fim do ano sua missão de combate no Afeganistão e retirará do país os cerca de 50.000 soldados que seguem mobilizados no local.

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