O acidente aconteceu pouco depois das 11h (8h no horário de Brasília) em uma região de difícil acesso. A outra vítima era originária da região, segundo o Ministério Público. Entre os feridos, uma mulher gravemente ferida foi levada ao hospital Saint-Roch de Nice, mas, de acordo com fontes médicas, ela não corre risco de morte.
O ministro dos Transportes, Frédéric Cuvillier, deve se dirigir ao local nesta tarde. "Eu estava descansando tranquilamente na parte de trás do trem. Demorei para entender o que estava acontecendo, fui lançada para a esquerda e vi a parte dianteira do trem descer a ladeira", declarou à AFP Floriane Bonnet, uma passageira que recebia atendimento médica em Annot, perto do local do acidente. "Eu tentei quebrar a janela, mas não consegui, então sai pela entrada", contou.
Uma enorme rocha, de cerca de 20 toneladas, segundo as testemunhas, caiu sobre o trem, atingindo o primeiro vagão, que mergulhou na ravina arrastando o segundo", explicou o procurador de Digne, Stéphane Kellenberger. "Foi como se a rocha tivesse caído do céu, como um terremoto", contou um passageiro de 47 anos, Jean-Jacques Messaoud.
Percurso vertiginoso
Logo após o acidente, 110 bombeiros e 32 veículos foram mobilizados para o socorro, além de dois helicópteros. A investigação sobre o acidente, confiada à gendarmeria de Marselha, deverá determinar as circunstâncias da tragédia.
O trem turístico, apelidado de "Pignes", é operado pela Autoridade de Transporte Regional de Provence-Alpes-Côte d;Azur, e não pela empresa ferroviária nacional (SNCF).
O equipamento é novo e teria entrado em serviço em 2011, de acordo com o conselheiro regional para os transportes, Jean-Yves Petit. O trem, que percorre em velocidade reduzida trinta cidades, transporta ao menos 500.000 passageiros por ano, sendo um dos percursos mais originais da França, com seus 151 km, 25 túneis, 30 pontes e viadutos sobre a montanha, um caminho sinuoso e vertiginoso, muito popular entre os turistas.
No dia 12 de julho de 2013, o descarrilamento de um trem na periferia de Paris deixou sete mortos e dezenas de feridos. Em janeiro, o gabinete de Investigação dos Acidentes de Transportes Terrestres questionou as regras de manutenção da empresa de ferrovias francesa.