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Ucraniano tenta desviar avião para Sochi é investigado por terrorismo

Passageiro de um voo que cobria o trajeto entre Kharkiv (Ucrânia) e Istambul tentou entrar na cabine de voo gritando "Vamos a Sochi"

Agência France-Presse
postado em 08/02/2014 14:17
O passageiro tentou entrar na cabine de voo gritando
Kiev - O ucraniano que na sexta-feira (7/2) tentou desviar um avião turco em direção a Sochi é alvo de uma investigação por "ameaça de cometimento de ato terrorista", anunciaram neste sábado (8/2) os serviços especiais ucranianos. O passageiro de um voo que cobria o trajeto entre Kharkiv (Ucrânia) e Istambul tentou entrar na cabine de voo gritando "Vamos a Sochi", onde os presidentes russo e ucraniano assistiam à abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, mas foi detido após o pouso na Turquia.

Foi aberta uma investigação por "ameaça de ato terrorista e tentativa de desvio de avião". "Exigia o desvio do avião para Sochi, onde estavam Putin e Yanukovytch que, segundo ele, têm as mãos manchadas de sangue", declarou Maxime Lenko, chefe do departamento de investigação dos serviços especiais ucranianos (SBU), em uma coletiva de imprensa.

[SAIBAMAIS]Os confrontos em Kiev deixaram ao menos quatro mortos e 500 feridos em janeiro. O responsável pelos serviços especiais afirmou que o homem, nascido em 1969, residia em Kharkiv. "Exigia a libertação de todos os reféns na Ucrânia e ameaçava, caso isso não ocorresse, explodir o avião".



A oposição ucraniana considera como reféns os manifestantes detidos durante os protestos contra o governo. Também está sendo investigado se o homem estava embriagado, como afirmaram na sexta-feira os serviços especiais.

O cônsul-geral da Ucrânia em Istambul falou com os passageiros e transmitiu a Kiev o que haviam dito a ele. Segundo eles, a tripulação disse inicialmente ao homem que cumpriria suas exigências e a aeronave deu duas voltas antes que dois tripulantes conseguissem imobilizá-lo e o avião pousasse em Istambul, escoltado por dois caça-bombardeiros turcos.

"Sabemos que depois do pouso não foram encontrados explosivos ou armas", acrescentou Lenko. Na Turquia, a polícia antiterrorista turca interrogava neste sábado o homem. "Este indivíduo está atualmente (nas dependências) da polícia antiterrorista", afirmou à AFP uma fonte policial, sem fornecer mais detalhes.

Os investigadores querem conhecer o motivo e se o homem contava com cúmplices na Turquia ou no exterior, informaram as redes de televisão. O presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Dimitri Chenychenko, afirmou neste sábado em uma coletiva de imprensa que não existiu nenhuma ameaça sobre a cerimônia de abertura dos Jogos, que ocorreu na noite de sexta-feira diante da presença do presidente russo Vladimir Putin.

"Ouvimos falar deste incidente, não houve nenhuma ameaça. Sei que as autoridades ucranianas e turcas fizeram o necessário para resolvê-lo", explicou.

O homem comparecerá a um tribunal que ditará provavelmente prisão preventiva contra ele.

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