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Militares do Egito desarticularam célula 'militar' composta por islamistas

A unidade criada por líderes da Irmandade Muçulmana é acusada de matar cinco policiais em janeiro

Agência France-Presse
postado em 09/02/2014 14:49
Cairo - O Ministério do Interior egípcio anunciou neste domingo (9/2) o desmantelamento de uma célula "militar", composta por islamistas e formada para atacar as forças de segurança. Em um comunicado, o ministério indicou que esta unidade criada por líderes da Irmandade Muçulmana é acusada de matar cinco policiais em janeiro em um posto de controle ao sul do Cairo.



"De acordo com informações preliminares, os líderes da fraternidade islâmica terrorista deram instruções aos seus membros para formar uma unidade militar", diz o comunicado. Cinco supostos membros da célula foram presos, incluindo o filho de um líder islâmico, segundo o ministério.

A Irmandade Muçulmana, à qual pertence o presidente deposto Mohamed Mursi, foi classificada em dezembro de "grupo terrorista" pelas autoridades militares no poder. Desde a queda do único chefe de Estado democraticamente eleito do país, as novas autoridades, lideradas de fato pelo exército, reprimem violentamente os manifestantes pró-Mursi.

Ao menos 1.400 pessoas foram mortas em sete meses por soldados e policiais, segundo a Anistia Internacional. Ao mesmo tempo, os ataques contra as forças de segurança aumentaram, em sua maioria reivindicados por um grupo jihadista inspirado pela Al-Qaeda, o Ansar al-Beit Maqdess.

Mas o governo interino dirigido pelo general Sissi acusa sistematicamente a Irmandade Muçulmana.

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