[SAIBAMAIS]John Boehner anunciou que apresentará esta semana um projeto de lei autorizando ao Tesouro a se endividar depois da data limite de 27 de fevereiro, sem que os republicanos reivindiquem contrapartidas. O limite legal da dívida, suspenso em outubro depois de uma dura batalha parlamentar, foi reativado na sexta-feira, e o Tesouro alertou que não poderia continuar funcionando até o final do mês sem uma nova autorização para contrair nova dívida pelo Congresso.
Aceitando não condicionar a suspensão do limite da dívida a medidas apoiadas pelos conservadores, a maioria dos republicanos se dobra à posição democrata, que exigia um texto limpo, diante da ausência de unanimidade em suas fileiras para iniciar uma nova confrontação com a Casa Branca e a maioria democrata do Senado, o que implica uma clara derrota para os legisladores do grupo do Tea Party.
"Nossos legisladores não estão muito entusiasmados com a ideia de elevar o teto da dívida", declarou Boehner. "Como consequência deixaremos que os democratas aportem os votos necessários. Nós daremos o mínimo de votos que possibilite a aprovação da lei", acrescentou.
Boehner espera que 200 representantes democratas votem a favor do projeto e que pelo menos 18 republicanos se unam a eles, o que pode ser complicado.
Os democratas imediatamente cantaram vitória.
"A Câmara entendeu que seguir a direita (linha) dura em relação ao teto da dívida não tinha nenhum sentido, o que é bom para a Câmara, bom para o Partido republicano e bom para o país", declarou o Senador democrata Charles Schumer.
Se a Câmara aprovar o projeto na quarta-feira, seu último dia de sessão esta semana antes do recesso que se prolongará até 25 de fevereiro, o Senado teria tempo suficiente para aprová-lo, antes do dia 27 de fevereiro.
Uma resolução consensual sobre o limite da dívida consolidaria os acordos históricos entre democratas e republicanos sobre o orçamento alcançados em dezembro e janeiro, pondo assim fim a três anos de bloqueio político em Washington.