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Bombardeios aéreos deixam pelo menos 51 pessoas mortas na Síria

Segundo ONG, o balanço de vítimas da guerra civil na Síria disparou nos últimos dias

Agência France-Presse
postado em 13/02/2014 11:33
Damasco - O balanço de vítimas da guerra civil na Síria disparou nos últimos dias, segundo os dados de uma ONG, num momento em que as negociações em Genebra entre o regime de Bashar Al-Assad e os rebeldes parecem estar em ponto morto. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quinta-feira (13/2) que ao menos 51 pessoas morreram na véspera em Aleppo, vítimas de bombardeios aéreos do regime, e que outras dezenas morreram em confrontos ou bombardeios no resto do país.

No entanto, na devastada e sitiada cidade de Homs, cuja parte antiga está nas mãos dos rebeldes, as operações de retirada de civis e de fornecimento de ajuda humanitária serão retomadas na sexta-feira depois de terem sido suspensas por um dia, declarou à AFP o governador Talal Barazi.



[SAIBAMAIS]O governador afirmou, por outro lado, que os jovens detidos nos últimos dias pelas autoridades sírias depois de terem sido retirados dos bairros cercados serão colocados em liberdade. "Os homens de 16 a 54 anos serão colocados em liberdade hoje", quinta-feira, indicou o governador. Segundo ele, 390 jovens em idade de portar armas foram detidos para serem interrogados ao deixarem os bairros de Homs. Deles, 111 já foram libertados.

Desde sexta-feira, 1.417 pessoas foram retiradas da parte antiga de Homs, em virtude de um acordo entre o regime sírio e os rebeldes, negociado pela ONU. Estas operações humanitárias foram possíveis graças a um cessar-fogo que entrou em vigor na sexta-feira, e que foi ampliado até quarta-feira. Segundo o OSDH, cerca de 5.000 pessoas morreram na Síria - uma média de 236 pessoas por dia - desde o início das negociações em Genebra, no dia 22 de janeiro. Estas negociações não deram até agora nenhum resultado concreto.

Na quarta-feira, a oposição síria apresentou em Genebra um documento sobre a transição política, mas a delegação do governo sírio recusou-se a debatê-lo e reiterou que o tema essencial é a luta contra os terroristas, como denomina os rebeldes.

O mediador da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, deve se reunir nesta quinta-feira com o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Gennady Gatilov, e com a subsecretária americana de Estado, Wendy Sherman, para tentar desbloquear as negociações, já que na frente diplomática persistem profundas divisões.

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