Agência France-Presse
postado em 14/02/2014 16:13
Caracas - Partidários do governo venezuelano marcharão neste sábado (25/2) em Caracas convocados "pela paz e contra o fascismo", em uma manifestação à qual se juntou o presidente Nicolás Maduro, após os distúrbios que deixaram três mortos na quarta-feira (14/2)."Para sábado, por volta do meio-dia, está sendo convocada uma grande marcha de todas as forças sociais, políticas da Revolução Bolivariana pela paz e contra o fascismo. Então eu me junto à convocação. No sábado, todo o povo em Caracas", afirmou o presidente na noite de quinta-feira.
Na quarta-feira (14), milhares de estudantes, acompanhados de vários líderes da oposição, protestaram contra a insegurança, a inflação, a escassez de produtos e a detenção de companheiros, na maior manifestação contra Maduro desde que ele sucedeu no cargo Hugo Chávez, falecido há onze meses.
Após os protestos, incidentes foram registrados entre estudantes, forças antimotins e grupos de militantes governistas. Os confrontos deixaram três mortos e dezenas de feridos e detidos. Manifestantes radicais, alguns encapuzados, depredaram prédios do Ministério Público de Caracas, diante dos quais estudantes opositores haviam se concentrado.
"Vamos fazer uma marcha contra o fascismo, contra a violência, o golpismo, e mostrar nas ruas que o que queremos é paz, é pátria, que o que queremos é convivência, democracia e socialismo", acrescentou o presidente. Maduro, eleito há dez meses, classificou os distúrbios como uma tentativa de golpe de Estado, responsabilizando vários líderes opositores, entre eles Leopoldo López (da Vontade Popular).
Na quinta-feira (13/2), dezenas de chavistas se concentraram contra o fascismo em frente à sede do Ministério Público. Os estudantes contrários ao governo venezuelano também marcharam pelas ruas de Caracas. O presidente planeja lançar nesta sexta-feira "um plano de pacificação" para a Venezuela, um dos países mais violentos do mundo.