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Navio norte-coreano com armamento no Canal do Panamá volta a Cuba

A chancelaria precisou, em um comunicado, que a embarcação de bandeira norte-coreana Chong Chon zarpou do porto de Colón, com 32 marinheiros a bordo, para Cuba

Agência France-Presse
postado em 15/02/2014 12:58
Panamá - O barco norte-coreano detido há sete meses no Panamá por transportar armas cubanas sem declarar zarpou neste sábado de volta a Havana, com 32 tripulantes a bordo, para terminar com seus reparos e carregar açúcar, informou a chancelaria.

A chancelaria informou, em um comunicado, que a embarcação de bandeira norte-coreana Chong Chon zarpou do porto de Colón, com 32 marinheiros a bordo, para Cuba, depois que exames da Cruz Vermelha Internacional atestou que a tripulação se encontra em bom estado de saúde para viajar.

"O barco já zarpou com destino a Havana. Os marinheiros estão felizes porque finalmente acabou esta história onde perderam sete meses de suas vidas", confirmou à AFP o advogado Julio Berríos, que assistia a tripulação.



[SAIBAMAIS]As armas estão sob custódia, enquanto uma autoridade judicial determina o que será feito com elas. O navio estava ancorado em frente ao Forte Sherman, uma antiga base norte-americana onde a tripulação permaneceu detida durante mais de sete meses.

Segundo Berríos, os marinheiros "consideram injusta sua prisão por todo este tempo".

"Esteve em perfeito estado e vão embora com boa saúde", afirmou à AFP Jaime Fernández, presidente da Cruz Vermelha panamenha, que os visitou durante seu cativeiro em reiteradas ocasiões.

O "Chong Chon Gang", com 35 tripulantes a bordo, foi interceptado, sob suspeitas de que transportava droga, dia 10 de julho de 2013, quando tentava cruzar o Canal do Panamá.

Contudo, quando as autoridades panamenhas registraram o barco encontraram armamento cubano sem declarar escondido em contêineres sob toneladas de sacos de açúcar.

Os 35 tripulantes do navio foram presos, 32 dos quais foram postos em liberdade sem acusações na terça-feira, e outros três - capitão, primeiro oficial do navio e secretário político - enfrentarão acusações por tráfico de armas, cuja pena máxima é de 12 anos de prisão.

Segundo Berríos, o cargueiro requer algumas reparações técnicas que terminarão de ser feitas em Cuba, onde será novamente carregado com açúcar para voltar a enviá-lo à Coreia do Norte passando pelo canal do Panamá.

As autoridades locais leiloarão o açúcar apreendido no navio, enquanto se espera a decisão judicial sobre as toneladas de armamento - partes de aviões Mig-21, lançadeiras antimísseis e veículos de uso militar -, que estão sob vigilância policial.

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