Rodrigo Craveiro
postado em 16/02/2014 07:00
No ano passado, a imagem acima se repetiu 100 mil vezes na América Latina. Entre 2000 e 2010, cerca de 1 milhão de cidadãos foram silenciados à bala. Por trás da violência, quase sempre aparecem a inépcia do Estado, a corrupção desenfreada, a ausência de políticas sociais, uma desigualdade econômica gritante e um proselitismo ideológico capaz de armar a população para defender uma ;revolução;. De acordo com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (Pnud), Honduras lidera a lista das nações mais violentas do mundo ; 86,5 mortes por 100 mil habitantes. Com 24.763 assassinatos registrados em 2013, a Venezuela aparece em segundo lugar. Imerso em uma grave crise social, política e econômica, o governo de Nicolás Maduro é acusado de controlar o Poder Judiciário e de apoiar facções armadas para esmagar qualquer ameaça representada pela oposição. Na quarta-feira, os tupamaros ; grupos chavistas apoiadas pelo Estado ; se infiltraram numa manifestação estudantil e mataram três pessoas.
Chanceler de Honduras entre 2008 e 2009 e ex-ministro da Defesa e da Justiça, Edmundo Orellana culpa os governos pela insegurança. ;Não podemos ser indiferentes à pobreza, ao desemprego, à exclusão, à discriminação e à desigualdade na distribuição da riqueza nacional. São fatores que contribuem com os altos índices de homicídio;, admite. ;Mas a responsabilidade sobre o fato de essa realidade perdurar cabe aos governantes. A violência e os crimes são sintomas da enfermidade. O problema vai além do sangue derramado. Atacar os sintomas apenas contribui para agravar o problema;, acrescenta.
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