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Dupla de menores que matou dois padres na Venezuela é identificada

O ministro confirmou que o assassinato foi cometido com arma branca, mas garantiu que "os assassinos estavam dentro do colégio, pois não houve forçamento de porta"

Agência France-Presse
postado em 16/02/2014 18:36
Caracas - Os autores do assassinato no sábado de dois padres, um colombiano e outro venezuelano, em um colégio salesiano de Valencia (norte da Venezuela), são menores de idade, informou o governo, acrescentando que um deles já foi detido.

"Já foi capturado um dos dois indiciados pelo crime. É um menor de idade (...) E estamos atrás do outro, que teria, aparentemente, 12 ou 13 anos de idade", anunciou o ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez Torres.

Em conversa por telefone com a AFP, o porta-voz do colégio Don Bosco, o seminarista Nelson Peña, contou que os assassinos "entraram por volta das 23h (00h de Brasília), pularam o muro do colégio, subiram para o quarto do padre Jesús Plaza e do diácono Luis Sánchez e mataram os dois com armas brancas que pegaram na cozinha do colégio".

[SAIBAMAIS]

O ministro confirmou que o assassinato foi cometido com arma branca, mas garantiu que "os assassinos estavam dentro do colégio, pois não houve forçamento de porta".

O padre Plaza, de 79 anos, era colombiano, e Sánchez, de 84, venezuelano, informou o porta-voz, acrescentando que o diretor da instituição, o também religioso David Martín, ficou ferido e foi operado neste domingo pela manhã. Outro padre, administrador do colégio, também ficou ferido, mas sua vida não corre risco.

O porta-voz do estabelecimento disse acreditar que tenha sido uma tentativa de roubo, já que a agressão aconteceu em uma área onde há computadores e outros objetos de valor. Nada foi levado, porém, graças à chegada dos religiosos.

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O duplo assassinato no colégio Don Bosco, o primeiro da ordem salesiana na Venezuela com 118 anos, acontece no momento em que o país é abalado por uma onda de violência. A taxa de homicídios varia entre 39 e 79 para cada 100 mil habitantes, segundo o governo, ou as ONGs, respectivamente.

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