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Rússia rejeita acusações dos EUA sobre conflito na Síria

O colega americano John Kerry afirmou que a Rússia permite a escalada da violência do regime sírio

postado em 17/02/2014 12:20

Moscou - O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, rejeitou nesta segunda-feira (17) as acusações de seu colega americano John Kerry que afirmou que a Rússia permite a escalada da violência do regime sírio.

"Tudo que prometemos, fizemos", afirmou Lavrov referindo-se às tentativas de solucionar a crise síria. "Em primeiro lugar, trabalhamos dia a dia com as autoridades sírias e, em segundo lugar, os números mostram claramente que não é o regime que cria mais problemas, e sim os terroristas", acrescentou.


"Os grupos terroristas se multiplicaram na Síria e não obedecem a nenhuma estrutura política", disse ainda. O secretário de Estado americano, John Kerry, criticou a Rússia nesta segunda-feira em Jacarta por permitir que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, permaneça no poder em um país devastado pela guerra.

"A Rússia tem que ser parte da solução", reconhece Kerry, no entanto. Ele afirmou que Moscou deve deixar de fornecer armas ao regime sírio, já que isto favorece a escalada da violência, ressaltou em Jacarta após o fracasso das negociações em Genebra. "O regime (sírio) obstrui tudo, não tem feito outra coisa que seguir bombardeando o próprio povo com barris explosivos e destruir o próprio país. E lamento dizer, eles estão fazendo isto com um apoio maior do Irã, do Hezbollah e da Rússia", completou Kerry durante uma entrevista coletiva.

As conversações em Genebra não resultaram em um acordo e existem dúvidas sobre a possibilidade de continuidade. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, o conflito provocou mais de 140.000 mortes em quase três anos. Desde o início das negociações em Genebra, com a mediação da ONU, em janeiro, pelo menos 6.000 pessoas morreram no país, segundo o OSDH.

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