Bruxelas - A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira que desbloqueará 12 milhões de euros (16,4 milhões de dólares) para financiar a eliminação das armas químicas da Síria, tarefa supervisionada pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).
O anúncio concretiza o compromisso assumido pelos países da UE em dezembro, com base em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU após um acordo Rússia-EUA sobre a destruição do arsenal químico sírio.
A Comissão Europeia deseja "efetuar uma cooperação frutífera com a OPAQ e a ONU sobre este assunto e espera que a destruição das armas químicas constitua uma etapa para o final do conflito na Síria", comentou o comissário de Desenvolvimento, Adris Piebalgs, que assinou o acordo com a organização que tem sede em Haia. A OPAQ calculou o custo do programa em 25 a 30 milhões de euros.
Além dos 12 milhões de euros, a UE proporciona apoio técnico e logístico, avaliados em 4,5 milhões de euros. Desde 2004 liberou EUR 9,4 milhões para as atividades da OPAQ, para uma contribuição total de 26 milhões.
O ministério sírio das Relações Exteriores denunciou na semana passada a decisão da UE de recorrer aos fundos sírios congelados para financiar parte do programa de eliminação das armas químicas. "É uma violação flagrante do direito internacional e do tratado das Nações Unidas e um descumprimento dos compromissos internacionais para financiar o processo de destruição das armas químicas", afirmou o ministério.
Mas a UE ainda não definiu o valor que deve retirar dos fundos sírios congelados.