[SAIBAMAIS]López, foragido há uma semana, apareceu por volta do meio-dia na Praça Brión, no bairro opositor de Chacaito (leste). Após um breve discurso a seus partidários, ele se entregou aos agentes, que o escoltaram até um veículo da guarda.
"Apresento-me à justiça injusta, a uma justiça corrupta", declarou López, vestido de branco e com uma bandeira da Venezuela, sob os aplausos de milhares de partidários.
Após discursar a seus seguidores e pedir para que se retirassem da praça de forma pacífica, López dirigiu-se aos guardas nacionais com uma flor branca.
Já dentro do veículo da polícia, pediu para que os manifestantes ficassem calmos.
"Liberdade, liberdade", gritavam os manifestantes.
"Se a minha prisão servir para despertar um povo, para despertar definitivamente a Venezuela e para que os venezuelanos e venezuelanas que querem mudanças construam um caminho de paz e democracia (...) valerá a pena", insistiu.
López, um jovem economista formado em Harvard e proibido pela justiça de exercer cargos públicos, afirmou que nunca deixará a Venezuela e pediu por uma "saída pacífica deste desastre", em um país que vive uma grave crise econômica, com uma inflação de 56,3% e uma severa falta de alimentos e produtos de primeira necessidade.
A justiça venezuelana emitiu uma ordem de prisão contra López, acusando-o de ser responsável pela morte de três manifestantes na quarta-feira passada durante confrontos entre opositores e a polícia.