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Para analistas, prisão de opositor enfraquece Maduro e fortalece rival

Leopoldo López, líder da oposição, se entrega, ovacionado pela multidão. Adversário de Nicolás Maduro é acusado de terrorismo e homicídio



[SAIBAMAIS]Antes de se entregar à GNB, López utilizou um megafone para falar aos simpatizantes, muitos dos quais usavam branco. ;Eu tinha a opção de partir, mas não sairei nunca da Venezuela. Outra opção era ficar escondido na clandestinidade, e nada temos a esconder;, declarou. ;Se minha prisão permitir à Venezuela despertar definitivamente, (;) ela valerá a pena;, acrescentou. Vereador em Caracas e coordenador político nacional adjunto do Voluntad Popular, Freddy Guevara estava ao lado de López. ;Uma comitiva de delegados o acompanha. Nossa luta vai prosseguir. O povo venezuelano não vai retroceder;, afirmou ao Correio, por telefone. De acordo com ele, a batalha não se trata apenas de Leopoldo, mas de ;um sistema decidido a acabar com pensamentos independentes, antidemocrático e ineficiente, que levou a Venezuela aos maiores índices de inflação e de pobreza da América Latina;.

Para José Vicente Carrasquero Aumaitre, cientista político da Universidad Simón Bolívar (Caracas), a rendição foi um ;impactante ato de comunicação política;, que vai potencializar, de modo importante, a imagem do opositor. ;Ao mesmo tempo, surtirá efeitos negativos na debilitada imagem de um governo incapaz de resolver problemas econômicos e sociais muito graves;, admitiu à reportagem. Ele classifica as acusações contra López de ;aventura comunicacional;, voltada a desprestigiar o líder do Voluntad Popular. ;Os resultados foram contraproducentes. Em vez de sair do país, López enfrentou a situação.;

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